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 | 20/03/2011 10h02min

Zona de exclusão aérea na Líbia teve êxito, diz exército americano

"As tropas leais ao líder líbio Muamar Kadhafi já não estão marchando sobre Benghazi", afirma responsável pelo exército americano

O início da operação internacional destinada a estabelecer uma zona de exclusão aérea na Líbia "teve êxito" e interrompeu a ofensiva do governo sobre Benghazi, afirmou neste domingo responsável máximo do exército dos Estados Unidos, o almirante Michael Mullen.

— As tropas leais ao líder líbio Muamar Kadhafi já não estão marchando sobre Benghazi — completou.

Esses comentários ocorrem depois de os Estados Unidos iniciarem no sábado sua ofensiva contra o regime de Kadafi ao lançar mísseis de cruzeiro Tomahawk, enquanto o presidente Barack Obama descartava a mobilização de tropas terrestres no que chamou de uma "ação militar limitada" na Líbia.

— Em uma espetacular demonstração de força, barcos de guerra americanos e um submarino britânico dispararam ao menos 110 mísseis de cruzeiro Tomahawk na Líbia contra locais de defesa antiaérea do regime de Kadafi — afirmou o exército americano.

O Conselho de Segurança da ONU autorizou na quinta-feira o uso da força e a imposição de uma zona de exclusão aérea para proteger a população líbia da contraofensiva lançada por Kadafi contra a rebelião que, desde meados de fevereiro, tomou o controle de várias cidades.

Na manhã deste domingo, o canal CBS informou que três bombardeiros furtivos americanos US B-2 tinham lançado 40 bombas sobre um importante aeródromo líbio, em uma tentativa de destruir grande parte da Força Aérea do país.

Confira a cronologia dos ataques, com horários aproximados:

11h: em
reunião a portas fechadas  com Dilma Rousseff, o presidente americano recebeu informações sobre a situação na Líbia. Ele interrompeu a conversa e autorizou as ações no país. Logo depois, teria explicado para a presidente do Brasil que a intervenção se tratava do diálogo sobre o impasse no país africano.

13h45min, primeiro ataque da França: o primeiro ataque ocorreu às 16h45min (13h45min no Brasil). Segundo o Estado-Maior do Exército da França, o disparo foi contra um veículo das forças de Kadafi.

Após esta primeira ação, os aviões franceses —Rafale e Mirage 2000 — realizaram outros três bombardeios, destruindo vários tanques do exército líbio na região de Benghazi, reduto dos rebeldes no leste do país.

17h10min: em entrevista coletiva em Brasília, Obama anunciou que autorizou "operação militar limitada" na Líbia.

17h30min: O Pentágono divulgou um comunicado com o lançamento de 110 mísseis Tomahawk pelos EUA e pelas forças britânicas contra alvos estratégicos na Líbia.

18h: A TV estatal líbia anunciou neste sábado que um avião francês foi abatido sobre Njela, distrito de Trípoli, por baterias antiaéreas das forças leais ao coronel Muamar Kadafi.

18h50min: na TV estatal Líbia, Kadafi ameaçou atacar alvos "civis e militares" no Mediterrâneo. Anunciou o uso amplo de armamento militar no mar e na África, espaço que, segundo ele, "se tornou um verdadeiro campo de batalha".

22h: Defesa antiaérea abre fogo em Trípoli.

22h30: Caças-bombardeiros "Tornado" atacaram o território líbio, na primeira ação de aviões da força aérea britânica na intervenção militar internacional contra o regime de Muamar Kadafi. A informação partiu do oficial John Lorimer, em Londres.

7h: Em pronunciamento, Kadafi anunciou que não irá se entregar e previu uma "longa guerra" contra a coalizão.

Confira o especial "Guerra na Líbia":

 

Veja mapa da região dos ataques:
Visualizar Caça da França faz primeiro disparo contra veículo pró-Kadafi na Líbia, diz porta-voz em um mapa maior

AFP
 
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