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Obama no Brasil  | 18/03/2011 13h40min

Segurança de Obama em Brasília terá 3,5 mil homens e tropas contra terror e ameaças químicas

Visita do presidente norte-americano acontece neste final de semana

Brasília terá um forte esquema de segurança durante a passagem do presidente americano, Barack Obama, pela capital. Responsável pela operação, o Comando Militar do Planalto (CMP) vai envolver cerca de 3,5 mil militares. Segundo o comandante da 11ª Região Militar, general José Carlos de Jesus Corrêa, as tropas estão preparadas para combater ações contra ações terroristas, e haverá um pelotão especializado em defesa química e biológica.


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Participarão da operação equipes do Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

Sem dar muitos detalhes sobre o esquema de segurança, o major disse não poder afirmar que este é o maior esquema já montado no país para receber uma autoridade estrangeira, mas comparou as providências adotadas ao nível de atenção dispensado a eventos como a vinda do papa Bento XVI ao país, em 2009.

Silva também explicou que, durante a fase de preparação do esquema, que é discutido com as autoridades norte-americanas, o risco de um atentado terrorista contra Obama ou sua família é levado em conta.

— Existem sim as hipóteses de atentados e de terrorismo e qualquer visita de chefes de Estado demanda uma busca de informações a respeito dessas possibilidades. A tropa está preparada e contamos com destacamento contra terror, pelotão especializado em defesa química e biológica e posso afirmar que as ações preventivas foram tomadas — disse o major.

Serão empregadas cerca de 350 viaturas, entre elas ao menos dois blindados, 72 motos e seis helicópteros, além das lanchas e equipamentos empregados pela Marinha para patrulhar o Lago do Paranoá, onde embarcações particulares não poderão navegar durante o tempo em que Obama estiver na cidade.

Apesar da restrição a pousos e decolagens de jatos executivos durante todo o dia, o Aeroporto Internacional de Brasília funcionará normalmente para voos comerciais.

O tráfego de veículos na Esplanada dos Ministérios também será interrompido entre as 8 horas e as 17 horas, inclusive nas vias entre os edifícios principais dos ministérios e seus anexos (N1 e S1), no trecho entre a Catedral de Brasília e a Praça dos Três Poderes.

Quem for à esplanada para ver Obama chegar ao Palácio do Planalto, onde ele vai se reunir com a presidente Dilma Rousseff, terá que se contentar em vê-lo a pelo menos 200 metros de distância, limite definido em função dos riscos e possíveis ameaças, de acordo com o oficial de Comunicação Social do Comando Militar do Planalto, major Gomes da Silva. A segurança pessoal do norte-americano ficará a cargo do próprio Serviço Secreto dos Estados Unidos.

Segundo a assessoria do CMP, em frente ao Palácio do Planalto o presidente americano irá passar em revista a tropa do Batalhão da Guarda Presidencial, composta por 247 militares.

Neste momento, a Bateria Caiena, do 32.º Grupo de Artilharia de Campanha, posicionada perto da Bandeira Nacional da Praça dos Três Poderes, fará uma salva de honra com 21 tiros. Em seguida, o cerimonial prevê que 71 Dragões da Independência do 1.º Regimento de Cavalaria de Guardas realizem uma Ala de Honra na rampa do Palácio do Planalto para recepcionar Obama.

 

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Montagem sobre fotos do Banco de Dados ZH



Visita às UPPs

O governo do Estado do Rio de Janeiro divulgou hoje, por meio de nota, informações sobre a visita de Obama à Cidade de Deus, na zona oeste da capital fluminense, no próximo domingo.

Na favela, Obama vai conhecer a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e, segundo o Núcleo de Imprensa do Governo do Estado, terá contato com um grupo de moradores. A nota anuncia que "Obama verá a comunidade renascida após a UPP" e cita o filme Cidade de Deus, do cineasta Fernando Meirelles, que em 2002 retratou o cotidiano de violência na comunidade.

— A arte não imita mais a vida, e Obama conhecerá os protagonistas da nova versão desta história — diz o comunicado, que cita os nomes de cinco moradores, entre "jovens" e "veteranos".

Há a expectativa de que o presidente assista a uma apresentação de crianças atendidas pela organização não governamental (ONG) Central Única das Favelas (Cufa), mas o comunicado do governo não faz referência a esta parte da agenda.

Ontem, o fundador da Cufa, Celso Athayde, manifestou contrariedade, por meio do Twitter, com a programação prevista para Obama. O presidente americano chega ao Rio no fim da tarde deste sábado e ficará na cidade até a manhã de segunda-feira, quando viaja para o Chile. Obama desembarca em Brasília amanhã de manhã.

AGÊNCIA BRASIL
 
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