Evando
Evando chegou ao Avaí neste ano, em sua terceira passagem pelo clube, com uma difícil missão: substituir o goleador Vandinho. E cumpriu bem seu objetivo. Tornou-se o artilheiro do Leão na Série B, com 10 gols, a maioria deles antológicos.
O atacante havia passado pelo Avaí, em 2004, quando o time bateu na porta da Série A, mas não entrou. Voltaria em 2006, em uma curta passagem. A torcida lembrou do ídolo com carinho.
Na reestréia, na Ressacada, contra o Bragantino, a partida estava 2 a 1 para o Avaí, quando a torcida pediu que o atacante entrasse. Depois, os apaixonados avisaram os adversários.
- Olelê, olalá, o Evando vem aí, e o bicho vai pegar.
O atacante entrou, marcou o gol e sacramentou a vitória por 3 a 1 para o Avaí. Era só um aperitivo do que viria pela frente. Contra o Corinthians, ele marcou de bicicleta o gol de empate e saiu para comemorar com as mãos na cabeça, mostrando que não acreditara no que aconteceu. Os momentos inacreditáveis, no entanto, passariam também por um passe mágico.
Diante do Marília, com uma chuva torrencial, a partida estava empatada quando o atacante recebeu a bola fora da área, de costas para o time adversário. O jogador deu uma patinada, deu a impressão que cairia, mas deixou William em frente ao goleiro para marcar. Não havia sido sorte.
Era um passe que treinava havia 16 anos. Ainda nas categorias de base do Cruzeiro, viu o roupeiro do clube fazê-lo. Com o pé direito, chutava a bola no esquerdo, que, de calcanhar, batia para trás.
Depois de tudo isso, o auge ainda estava por vir.
- Eu sempre falava para meus companheiros: "podem fazer todos os gols, mas o do acesso vai ser meu".
Era metade do segundo tempo contra o Brasiliense, quando o atacante orou em campo e lembrou a Deus de que estava na hora do gol. Então, aos 36 minutos, marcou. Mais um lance antológico.
Por que, em 2008, Evando foi assim: um gol, uma história. (Maurício Frighetto)
William
Campeão brasileiro pelo Santos em duas oportunidades, William chegou ao Avaí com a missão de ser o centroavante de área que faltava ao elenco azurra. Fez gols importantes e mostrou uma característica valorizada pela torcida azurra: raça.
Após o acesso, em cima do caminhão do Corpo de Bombeiros, o atacante cansou de dar autógrafos e ainda achou tempo para ligar para seus parentes.
— É a terceira vez que estou em cima do caminhão de bombeiros. Em todas as vezes liguei para meus familiares — contou.
William foi o personagem principal em um dos jogos mais importantes no Estádio da Ressacada, na 24ª rodada. O Avaí vinha de uma derrota para o Santo André, era quarto colocado e enfrentaria o Fortaleza, que estava uma posição fora da zona de rebaixamento. Também era o ex-time do técnico Silas e do próprio William.
Caía uma chuva torrencial, e o Avaí não conseguia mostrar sua técnica. Para piorar, Pedro Henrique abriu o placar para os adversários, aos 28 minutos do segundo tempo. Era a hora de William. Aos 36, o atacante empatou para o Leão. E, aos 46, virou o jogo, mostrando raça e determinação.
Em Maceió, também marcou o gol de empate contra o rebaixado CRB, em um jogo cheio de expectativas porque o Avaí poderia garantir o acesso. E estava com o tornozelo esquerdo inchado fazia algumas rodadas.
Mas William também tem outra característica que o faz ser querido pelo grupo: a descontração. Tanto que é chamado de Batoré, personagem de Ivanildo Gomes Nogueira, que ficou famoso na década de 1990 na "Praça é Nossa", do SBT.
Por tudo isso William é uma das esperanças para o Avaí em 2009, agora na Série A. (Maurício Frighetto)
Abuda
O jogador foi contratado junto ao Vasco em maio como promessa de gols no Leão. E correspondeu. Até que se lesionou no jogo com o Marília, no primeiro turno, e desfalcou o time por mais de um mês. Com a chegada de novos atacantes, como Evando e William, Abuda perdeu sua posição de titular. Soma seis gols pelo Avaí.
Vandinho
O atacante Vandinho ficou fora da festa do Avaí. Depois de marcar 27 gols pelo Leão no Campeonato Catarinense e na Série B do Brasileiro, o jogador trocou Florianópolis pelo Rio de Janeiro, onde ainda procura seu espaço no time do Flamengo.
— Assisti ao jogo (contra o Brasiliense) e fiquei feliz porque tenho muitos amigos no clube - afirmou o atacante.
— O trabalho foi muito bem-feito, sempre buscando esse objetivo. Já até me convidaram para a festa, mas não vou poder ir porque penso na reta final do Brasileiro — declarou.
Enquanto estava jogando pelo Avaí, Vandinho ganhou destaque nacional por conta dos gols marcados. Em certos momentos, chegou a ser o artilheiro do Brasil. No Campeonato Estadual, marcou 21 vezes; na Série B, seis.
Remanescente de 2007, quando o Leão brigou para não cair à Série C, o atacante teve propostas de times como o Guaratinguetá-SP, que faria uma grande campanha no Paulista. Resolveu ficar, segundo ele, porque o clube de Santa Catarina formaria um grande elenco.
Começou a fazer gols no Catarinense deste ano e passou a ser tratado como uma pérola no Avaí. Tanto que surgiram especulações de que diversos clubes queriam o artilheiro no seu time. A mais forte foi do Coritiba, que também sofria com o assédio ao atacante Keirisson.
Mas a diretoria veio a público e disse que a multa rescisória para tirar o atacante do Avaí girava em torno de R$ 20 milhões. Foi a partir desta especulação que o Leão mostrou mais um aspecto do seu planejamento para chegar à Série A: contratos longos e multas rescisórias milionárias.
Vandinho permaneceu no Avaí marcando gols, mas o Flamengo ficou interessado no artilheiro. E as notícias da ida do atacante para o Rio de Janeiro começaram em uma sexta-feira, antes do confronto com a Ponte Preta, em Campinas.
A direção avaiana deixou bem claro que tinha o interesse em vender o jogador para manter os outros salários em dia.
No último jogo, Vandinho fez um golaço contra a Ponte Preta, por cobertura, de fora da área. Na segunda-feira após o jogo, despediu-se dos avaianos e declarou que o Leão iria subir à elite do futebol brasileiro. Acertou, como os gols que fizera no ano.
Agora o atacante está focado no Campeonato Brasileiro, onde o Flamengo ainda luta pelo título. Mas, talvez até volte no ano que vem para o Avaí, agora um clube da elite.
Rafael Costa
Relacionado na maioria das partidas, Rafael Costa não conseguiu manter titularidade no grupo avaiano, mas foi uma opção utilizada por Silas diversas vezes nesta Segundona. Anotou o gol que deixou o Leão na vice-liderança, quando o time venceu o Brasiliense, no dia 5 de agosto. Rafael Costa, contratado no período do Catarinense, anotou outros três gols pelo Avaí na Série B.
Jandson
Jandson, de 21 anos, que começou a carreira na base do Avaí, retornou ao Brasil no meio do ano, após uma temporada em Israel, onde atuou pelo Hakoach Ramat-Gun. O jogador foi aproveitado por Silas em poucas oportunidades, mas é uma opção no banco que pode entrar como segundo atacante.
Thiaguinho
O atacante entrou apenas no jogo contra o Vila Nova, pela 25ª rodada. Na ocasião, o Avaí empatou em um gol fora de casa. Thiaguinho entrou em campo na mudança tática de Silas, que tentou deixar o time mais ofensivo, sacando o zagueiro e lateral Fábio Fidélis.
Didi
Didi só foi aproveitado por Silas no início do campeonato. Entrou no meio do empate com o ABC, pela segunda rodada, e contra o Santo André, na quarta rodada da Série B. Neste último, teve chance clara de marcar o gol da vitória avaiana, mas não conseguiu, e o time ficou no 1 a 1.
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