Marquinhos
Desde que foi para o Bayer Leverkusen, Marquinhos passou a ser considerado pela torcida do Avaí um grande jogador revelado nas categorias de base. O meia jogou em clubes como Flamengo e São Paulo e este sentimento permaneceu.
Mas, ao contrário de muitos craques brasileiros, o meia voltou ao seu time do coração. E comandou o Leão em uma de suas maiores conquistas: o acesso à elite do futebol brasileiro.
Marquinhos terminou 2007 no Atlético-MG. Os mineiros propuseram a renovação do contrato, mas o meia queria uma cláusula que o liberasse no meio do ano caso tivesse uma proposta de um clube do exterior. As duas partes não chegaram a um acordo, e o jogador desembarcou em Gravatal, no Sul do Estado, onde o Avaí fazia a pré-temporada.
O meia tinha em seus planos a conquista do Campeonato Catarinense pelo Avaí - título que o clube não vencia desde 1997. Mas havia a Chapecoense no meio do caminho. E, depois daquele fatídico jogo, onde o Verdão do Oeste virou o placar quando o Avaí poderia vencer o turno com uma rodada de antecedência, Marquinhos ficou bastante abalado psicologicamente.
O Leão não levantou a taça do Estadual, mas Marquinhos continuou comandando o time, agora na Série B. Durante a campanha, pairava a dúvida sobre a permanência de dele no Avaí, mesmo porque o assédio era grande.
Após o empate por 3 a 3 diante do São Caetano, na 19ª rodada, parecia que não havia mais volta. Emocionado, o meia disse que o Santos havia feito uma grande proposta.
— É difícil até falar. Fico com o coração partido — afirmou, emocionado, após a partida. Mas as conversas vararam a madrugada, e Marquinhos ficou. Com Valber recuperando-se de dores no púbis, o meia foi o principal jogador na armação do Leão. E seu futebol não parou de crescer. Embora seja um jogador técnico, nem as fortes chuvas o atrapalhavam. Jogava até mais. Diante do Bahia, na Ressacada, naquele 4 a 1, marcou dois gols em um campo encharcado. Um deles, antológico, por cobertura.
Em uma das coletivas, Marquinhos foi questionado se era um ídolo do Leão.
— Não, porque eu ainda não conquistei nada.
E o destino quis que o meia não atuasse na partida do acesso. Era para lembrar o torcedor de 1998, que recebeu a delegação no Aeroporto Hercílio Luz que conquistou a Série C. Mas a torcida não deu a mínima importância.
Enquanto o caminhão do Corpo de Bombeiros desfilava pelas ruas de Florianópolis depois do 1 a 1 sobre o Brasiliense, Marquinhos era o jogador mais comemorado.
— Tu és rei, Marquinhos, tu és rei! — gritavam para o atleta.
Quando desceu do caminhão, foi cercado pelos torcedores, levantado ao alto e ovacionado. Porque se alguém tinha dúvida, ela desapareceu.
Marquinhos é o grande ídolo do acesso azurra. (Diário Catarinense)
Batista
Se Marquinhos representa o cérebro do Avaí na chegada à Série A do Campeonato Brasileiro, o volante Batista pode ser considerado o motor do time. Além de exercer a liderança que um capitão precisa, o jogador tem uma capacidade física acima da média. E aliou estas características a uma raça tão invejável quanto sua condição de correr pelo campo pelos 90 minutos.
De acordo com o preparador físico do Avaí, Emerson Buck, Batista é um jogador diferenciado fisicamente.
— O Batista consegue captar mais oxigênio do que os outros. Assim, ele consegue suportar o jogo todo com o mesmo ritmo, ao contrário de um atleta de velocidade, que vai suportar bem o primeiro tempo, mas, na segunda etapa, vai ter uma queda — explica o preparador.
O atleta sabe de suas características diferenciadas e ainda trabalha para aperfeiçoá-las.
— Eu sou um jogador de resistência. Então, trabalho bastante esta qualidade, procurando fazer aquilo que o preparador físico pede para sempre atuar com muita dedicação — diz o atleta.
Batista também é um daqueles volantes que estão em evidência no futebol. Ele marca forte os adversário, mas tem uma passe preciso quando tem a posse de bola.
No começo da temporada, Batista jogava como um terceiro homem de meio campo, antes da estréia de Marquinhos. Depois passou à segunda função, ao lado de Marcus Winícius.
O jogador também assumia uma função importante quando o time estava perdendo ou precisava marcar gols. Geralmente, o técnico Silas sacava o lateral-esquerdo do time e colocava uma atacante ou um meia para pressionar a equipe adversária. Então cabia a Batista marcar o lado esquerdo da defesa.
Fôlego e raça para isso ele mostrou que têm.
Wendell
O jogador foi utilizado em poucas partidas como titular, geralmente suprindo desfalques por suspensão ou lesão, mas cuidou bem do setor de meio-de-campo e não deixou a desejar na marcação. Na vitória de 4 a 1 sobre o Bahia, na vitória contra o Juventude e na derrota para o Santo André, Wendel substituiu Batista, o capitão do time.
Marcus Winícius
O volante marcou dois gols pelo Avaí nesta Segundona. Foi dele o único gol do Avaí na derrota para o Bahia (uma das cinco do time nesta campanha), no primeiro turno. Marcus Winícius oscila na titularidade do Leão, mas participou em diversos jogos da campanha pelo acesso.
Cocito
Cocito geralmente é uma das peças de reposição do técnico Silas. Se quer intensidade na marcação, ele é o jogador certo para entrar na área defensiva se houver o desfalque de um dos titulares. O pit-bull do Avaí atuou em poucos jogos, mas está sempre no banco, pronto para servir ao técnico quando precisar.
Ferdinando
Nesta Segundona, Ferdinando se destacou atuando na lateral direita. Ele foi utilizado por Silas no esquema 4-4-2 a fim de reforçar a marcação na posição. Além disso, o jogador se destaca pela precisão e força com que cobra as bolas paradas, mas não chegou a marcar gol em nenhum lance direto de cobrança de falta.
Valber
Ora no meio, ora no ataque, a habilidade do veloz jogador fez com que ele se tornasse uma das peças mais importantes e criativas na armação e na conexão do Avaí. Tanto que no período em que desfalcou o time devido a uma lesão no púbis, em parte do segundo turno, o jogador fez falta e o Leão perdeu mobilidade e variedade de jogadas. Bom cobrador de faltas, soma seis gols nesta Série B.
Odair
Chegou ao clube em abril, vindo do Guaratinguetá-SP. Odair entrava no grupo titular geralmente no decorrer das partidas durante o primeiro turno, é utilizado principalmente na conexão com o ataque. No período em que Válber desfalcou em função de lesão, foi ele quem assumiu a responsabilidade de substitui-lo. Também foi utilizado como segundo atacante e soma quatro gols.
Joelson
O jogador foi reintegrado ao grupo avaiano em agosto, após uma temporada jogando no Paraná. Na falta de Válber e Odair, era ele quem assumia a posição de meia-atacante no grupo. Foi Joelson quem marcou o primeiro gol do Avaí na derrota para o Bragantino, na 37ª rodada.
Juliano
A história de Juliano no Avaí é marcada pela cumplicidade do jogador com o técnico Silas e um período de antipatia com a torcida — no Catarinense, o meia fez um gesto ofensivo ao comemorar um gol e demorou até conquistar o torcedor avaiano. O meia, que ficou um longo período sem poder atuar devido a um imbróglio jurídico com seu ex-clube, geralmente é relacionado para as partidas.
Hégon
O catarinense estreou pelo Avaí no empate em 2 a 2 contra o Fortaleza, fora de casa. Na ocasião, ganhou a chance de demonstrar seu futebol substituindo Ferdinando. No entanto, o jovem meia levou cartão vermelho e atualmente está treinando fora do grupo principal.
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