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 | 05/09/2005 20h48min

Atlântico e Malwee empatam pela decisão da Liga

Equipes ficaram no 2 a 2 em um jogo ríspido e de marcação

Na quadra lotada por mais de 5 mil pessoas que compareceram ao Ginásio de Tapejara (RS), as duas virgens – Atlântico e Malwee nunca haviam chegado à final da Liga –, fizeram um jogo digno de decisão: de um lado, a técnica do time catarinense; do outro, a força da equipe gaúcha. Resultado: empate pelo placar de 2 a 2. Domingo, em Brusque (SC), quem vencer fica com o título. Novo empate leva a decisão para um terceiro confronto, novamente em solo catarinense.

Os gaúchos saíram na frente com um gol de pênalti marcado a um minuto de jogo. O experiente goleiro Bagé ainda provocou Edgar antes da cobrança. Foi fatal. O jogador do Atlântico desferiu um foguete, de bico, no ângulo: 1 a 0. Do outro lado da quadra, Ivan, goleiro do time gaúcho e destaque da equipe na Liga, vibrava como o seu xará, o czar da Rússia, quando aniquilava com os inimigos. Ivan voltaria a gritar e erguer os braços num lance em que ele tirou a bola de Xoxo em cima da linha.

A Malwee tentava se livrar da marcação forte e dura com Falcão, artilheiro do campeonato, e Valdin. O empate veio aos sete minutos. Depois de um chute cruzado, Valdin, livre, só completou para o gol.

A marcação funcionava, mas a demora nas conclusões dava fôlego para o time catarinense se recuperar dentro de quadra.

O segundo gol do Atlântico saiu com a ajuda de Falcão, da Malwee. Explico: o ala tinha a bola dominada no meio da quadra, resolveu fazer graça e perdeu. No contra-ataque veloz e desta vez eficiente, Eric tabelou com Edgar que devolveu. Eric deu um bico no alto: 2 a 1.

Na segunda etapa, o jogo ficou mais duro. Houve trocas de tapas, entradas mais duras e ríspidas. E quem se aproveitou foi a Malwee. Empurrou o Atlântico para a sua quadra. O time gaúcho apenas se livrava da bola, que parecia queimar nos pés dos atletas treinados por Paulo Mussalem. Os catarinenses, com maior técnica, souberam sair da marcação e conseguiram o empate.

Num chute de fora da área de Antônio, Ivan cometeu o pecado dos conquistadores: a soberba. Foi frouxo na bola certo de que pegaria. O chute saiu fraco. Porém, ele se atrapalhou ao espalmar e colocou para dentro. Um frango.

O gol desestabilizou o império do time de Erechim. A equipe não soube encaixar a marcação. O time ainda teve oportunidades, mas faltou aquilo que sobra na Malwee: técnica. A decisão fica para este domingo ao meio-dia em Brusque. Daí, para ficar com o título, a garra dos gaúchos terá que ser maior do que a desta noite. Uma vez que a técnica da Malwee, em casa, pode aparecer com mais força.

RODRIGO CELENTE
 
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