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 | 29/07/2005 11h29min

Inadimplência de consumidores e empresas cai em junho

Cheques sem fundos representam 35,8% do indicador para pessoa física

O Indicador Serasa de Inadimplência da Pessoa Física, que contempla todas as modalidades de inadimplência da economia brasileira, indicou queda de 3% na inadimplência de consumidores em junho de 2005, na comparação com maio deste ano. No quinto mês de 2005, a inadimplência havia aumentado 3,1% em relação a abril. Entretanto, comparada a junho de 2004, a  inadimplência de consumidores registrou alta de 15,9% e, no primeiro semestre de 2005, o índice foi 13,8% maior que no mesmo período do ano passado.

A inadimplência apresentou taxa de variação média, nos últimos três meses, de -0,9%. Para os técnicos da Serasa, esse comportamento se explica, por um lado, pelo maior endividamento e as altas taxas de juros, que comprometem a capacidade de pagamento das famílias. Por outro lado, as recentes quedas de preços em bens de consumo essenciais, como alimentos e transportes, bem como a tímida elevação da massa de salários em junho, colaboram para um aumento da renda disponível.

De acordo com o levantamento, em junho de 2005, os cheques sem fundos registraram a maior representatividade na inadimplência de consumidores, representando 35,8% do total do indicador. As dívidas com cartões de crédito e financeiras representaram 34,2% do indicador. Já as dívidas com os bancos apresentou a terceira maior participação no indicador, com 28,2%. Finalmente, os títulos protestados representam, há cerca de três anos, menos de 2% das dívidas não pagas de pessoas físicas.

Já a inadimplência de empresas registrou queda de 3,2% em junho de 2005, na comparação com maio de 2005, mês em que havia registrado alta de 4,0% ante abril. Na comparação do primeiro semestre de 2005 com o mesmo período do ano passado, houve alta de 10,4%. O crescimento na inadimplência de empresas também foi registrado na relação junho de 2005 com junho de 2004, quando o aumento verificado foi de 18,4%.

Segundo os técnicos da Serasa, a inadimplência das empresas tem oscilado, com as quedas verificadas compensando as altas de períodos imediatamente anteriores. Os títulos protestados registraram a maior representatividade na inadimplência das empresas, com participação de 40,5% em junho de 2005. O segundo índice na representatividade do indicador de inadimplência das pessoas  jurídicas é o de cheques sem fundos, com 39,4% do total neste ano. Com a menor representatividade estão as dívidas registradas  com os bancos,  20,1%.

As informações são da Serasa.


 
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