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 | 30/05/2005 14h38min

Pesticidas obsoletos na América Latina preocupam a ONU

Agrotóxicos representam um desafio para os países em desenvolvimento

Os estoques de agrotóxicos obsoletos da América Latina são pelo menos três vezes maiores que o que se estimava. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os pesticidas representam um desafio para os países em desenvolvimento, já que sua eliminação é cara.

Pesticidas que costumavam ser usados na agricultura, mas foram proibidos por ser perigosos, normalmente são abandonados em países mais pobres. A ONU avaliava que a América Latina possuía cerca de 10 mil toneladas de pesticidas.

– Desde então um panorama mais ameaçador começou a aparecer, indicando que os estoques são muito maiores, e hoje estão estimados em entre 30 mil e 50 mil toneladas – disse Mark Davis, da Organização para Alimentação e Agricultura da ONU (FAO), nesta terça, dia 30.

As substâncias químicas, muitas vezes abandonadas em velhos armazéns ou perigosamente enterradas, representam uma ameaça aos moradores locais e podem prejudicar o meio ambiente. Grandes estoques de pesticidas já foram encontrados na Colômbia, no Paraguai e na Bolívia. 

A FAO disse que seriam necessários cerca de US$ 100 milhões –
em verbas públicas ou doadas – para eliminar o lixo tóxico, mas reconheceu que é difícil arrecadar fundos para uma operação que não tem nenhum retorno financeiro evidente.

– Queimar substâncias químicas velhas não é muito atraente – disse Davis.

A FAO tem uma unidade para pesticidas obsoletos. Ela mantém um programa em nove países latino-americanos, mas afirma precisar de mais dinheiro para fazer uma limpeza completa.

As informações são da agência Reuters.


 
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