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 | 06/08/2004 08h02min

Henrique Meirelles reitera que não vai deixar o Banco Central

Presidente do BC pediu investigação para descobrir de onde saíram informações sobre suas finanças

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, concedeu entrevista nesta sexta, dia 6, ao programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, para esclarecer nova denúncia publicada nessa quinta, dia 5, pela revista Veja sobre irregularidades em suas movimentações financeiras. Meirelles disse estar indignado com as acusações distorcidas que têm sido feitas contra ele, afirmou ter apoio total do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seus ministros e reiterou que não tem a intenção de deixar a presidência do Banco Central.

Meirelles explicou que não tem nenhuma relação com o doleiro em cuja conta teriam sido depositados em 2002 US$ 50 mil provenientes de uma conta sua aberta dos Estados Unidos. O presidente do BC destacou que o valor fazia parte de uma série de pagamentos que ele estava realizando no Brasil através de depósitos em uma conta indicada pelo beneficiário.

– Eu não tinha ligação com um doleiro. Dentro de uma série de pagamentos, a pessoa que vai receber pode indicar uma conta, que pode ser de um doleiro, e quem paga não pode saber isso. É como dar um cheque para alguém, esse alguém deposita na conta de um doleiro e você não tem como controlar. Eu controlo os meus rendimentos. Eu declarei meus rendimentos nos Estados Unidos conforme o devido, e declarei também no Brasil como manda a lei.

O presidente do BC enfatizou que não pretende renunciar ao cargo, e disse estar muito indignado com as denúncias que estão surgindo contra suas movimentações financeiras. Meirelles ressaltou que revelar dados fiscais é crime, e que quem está fazendo isso deve ser punido.

– Esse não é um procedimento ético, de vazar informação fiscal. Isso é um crime, e está na hora de respeitarmos a lei no Brasil.

Meirelles disse que tem recebido apoio incondicional do presidente Lula e de seus ministros, que também estão revoltados com a distorção de informações sigilosas que têm confundido a opinião pública.

– Esta é uma terceira rodada de denúncias. Houve a primeira, eu dei uma boa explicação. Na segunda também, e agora, na terceira, outra boa explicação que eu não precisaria dar. Faço isso porque o povo brasileiro não entende, e porque o povo merece uma explicação.

O presidente do BC encerrou sua defesa pedindo às autoridades competentes uma investigação para descobrir de que forma informações sigilosas da Receita Federal estão chegando à imprensa.

 
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