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Senadores se pronunciam a respeito da crise da Parmalat

Parlamentares cobraram ações mais efetivas contra problemas no setor leiteiro

No segundo dia da convocação extraordinária do Congresso Nacional, senadores se manifestaram a respeito da crise desencadeada no setor leiteiro pela concordata da matriz da Parmalat na Itália. Maguito Vilela (PMDB-GO) cobrou medidas mais efetivas do governo federal.

– As medidas anunciadas pelo governo são paliativas. É preciso que o ministro da Agricultura tome medidas para enfrentar o cartel composto por pouquíssimas multinacionais – destacou Maguito.

Já o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) sugeriu que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) promova audiência com a diretoria da Parmalat. Ele manifestou apreensão em nome dos pequenos produtores de leite da bacia leiteira do Rio Grande do Sul em relação à falta de fornecimento de informações da empresa para o setor.

Zambiasi lembrou que a Parmalat é responsável pela industrialização de metade do leite produzido em todo o país e ressaltou que o silêncio sobre atrasos nos compromissos com os produtores de Carazinho (RS) tem preocupado a população local. A instalação de Carazinho é a maior fábrica da Parmalat fora da Itália. Duzentas famílias de pequenos produtores locais dependem totalmente da empresa de laticínios.

Maguito observou que o pagamento dos produtores de Goiás está atrasado desde novembro e que o preço pago aos produtores caiu cerca de 13%. Em aparte, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) sugeriu que a Polícia Federal abra imediatamente inquérito para investigar o desvio de recursos enviados pela Parmalat brasileira à matriz italiana.

As informações são da Agência Senado.

 
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