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 | 10/03/2001 18h30min

Urna eletrônica pode ter voto impresso

O debate sobre a segurança e a confiabilidade das urnas eletrônicas pode ter um capítulo a mais ainda este mês, quando o projeto de lei que acrescenta o voto impresso ao processo eleitoral começar a ser apreciado no plenário do Senado. O processo número 194/99, de autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR) já foi aprovado pela Comissão de Justiça e aguarda apenas a escolha do novo presidente da comissão para entrar em votação. Depois, passa também pela avaliação dos deputados federais e, se aprovado, pela sanção do presidente da República. A nova proposta acrescenta que o voto seja impresso e mostrado ao eleitor, que o depositará em uma urna convencional; o eleitor poderá refazer a votação caso discorde do papel; 3% das urnas com votos tradicionais serão conferidas e, para cada urna com resultado diferente, outras 10 serão recontadas. A principal modificação é que se desvincule o eleitor da máquina de votação, para impossibilitar a identificação do voto. O engenheiro Amílcar Brunazo Filho acredita que o projeto vai dar mais segurança à votação eletrônica. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) discorda que seja necessário imprimir o voto. Por três vezes, o processo 194/99 foi retirado da pauta de votação em 1999 a pedido do presidente do TSE, José Néri da Silveira. Na eleição de 1º de outubro, foram usadas cerca de 320 mil urnas eletrônicas no país. O TSE não possui levantamento de quantas apresentaram problemas, mas, dos vários pedidos de auditoria ou recontagem, nenhum foi acatado pela Justiça Eleitoral.

ANA MINOSSO

 
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