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Oficiais da BM reforçam movimento contra subteto

Coronéis, majores e capitães da corporação ganham mais do que o limite proposto de R$ 7 mil, pago ao governador

Confiantes de que não serão atingidos pela reforma da Previdência, oficiais da Brigada Militar tentam agora assegurar a adoção de um teto salarial único para os Estados.

– Há quem diga que poderíamos ficar fora do subteto, mas estamos unidos em torno dessa causa – diz o presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar, coronel Cairo Camargo.

Cairo conta com o aval de outras duas entidades de representação da Brigada Militar, a Associação de Tenentes, Subtenentes e Sargentos e a Associação de Cabos e Soldados. Ele participa nesta terça, dia 12, em Brasília, junto com o secretário da Justiça e Segurança, José Otávio Germano, e da Fazenda, Paulo Michelucci, de reuniões para pressionar o governo e líderes da base aliada a fixar o limite de remunerações no Estado em R$ 15.495,92. O valor equivale a 90,25% dos vencimentos de um ministro do Supremo Tribunal Federal e deverá ser o teto dos Judiciários estaduais.

Para os servidores do Executivo, os contracheques não ultrapassariam os R$ 7 mil, pagos mensalmente ao governador Germano Rigotto. Germano, Cairo e Michelucci representam as categorias que seriam as mais atingidas no corte de salários, os servidores da Segurança e da Fazenda. Para Cairo, o subteto é a última medida que causa preocupações na reforma. Majores, capitães e coronéis da corporação ganham mais do que o governador gaúcho.

No último dia 5, horas antes de a Câmara dos Deputados votar a proposta de emenda constitucional que altera as regras de aposentadoria e pensão dos servidores, Cairo e outros dirigentes de entidades de representação de policiais militares obtiveram do governo que receberiam tratamento equivalente ao das Forças Armadas. Em janeiro, cerca de três meses antes de o Palácio do Planalto enviar o texto com as mudanças para o Congresso, o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, anunciou que Exército, Aeronáutica e Marinha teriam sua previdência revista mais adiante, por meio de legislação específica. Os policiais militares exigiram o mesmo.

– Sempre estivemos vinculados às Forças Armadas. Na hora da verdade, nos botaram na vala comum – diz o soldado Leonel Lucas Lima, presidente da Associação de Cabos da Brigada Militar.

O argumento de que a Brigada sempre recebeu o mesmo tratamento que as Forças Armadas fica prejudicado diante de comparações entre as duas instituições. Nas remunerações, por exemplo, os integrantes da Brigada Militar levam vantagem, à exceção dos tenentes e sargentos. Os oficiais superiores da instituição estadual embolsam mensalmente cerca de R$ 2 mil a mais do que no Exército. Também ganham mais capitães, cabos e soldados brigadianos.

POTI SILVEIRA CAMPOS
 
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