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Senadores do PT só votam reforma da Previdência com alterações, diz Paim

Vice-presidente do Senado acredita que 80% querem mudar texto do governo

O senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente do Senado, disse nesta sexta, dia 20, em plenário, que 80% dos senadores petistas só aprovam a reforma da Previdência se houver alterações no texto. Para Paim, também há resistência na bancada da Câmara. Ele lembrou que, na semana passada, em reunião para tratar decidir o voto da bancada, dos 93 deputados, 38 não compareceram, 23 votaram contra e 32 a favor.

– Cerca de 80% dos senadores do partido são favoráveis à reforma da Previdência enviada pelo governo, mas com mudanças. A bancada do PT não é contra a reforma da Previdência. Mas a maioria não aceita a Proposta de Emenda à Constituição nº 40 como ela está – estimou Paim.

A decisão dos deputados petistas na Câmara de apresentar nove emendas à proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo recebeu o apoio de Paim. O senador elogiou a decisão da bancada, que aprovou na quarta, dia 18, as mudanças selecionadas por um grupo de sistematização coordenado pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).

O senador disse que conversou com o relator da PEC na Câmara, deputado José Pimentel (PT-CE), que lhe informou que haverá mudanças no texto enviado pelo governo ao Congresso. Paim antecipou que os senadores questionam a cobrança dos inativos, uma das questões da reforma que criou polêmica também na Câmara, porém foi considerada constitucional na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A PEC, antes de ir ao plenário do Senado, será analisada na CCJ do Senado. O senador defende que este artigo seja decidido pelos governos estaduais.

Segundo Paim, a idade para aposentadoria proposta pelo governo de 60 anos para homens e 55 para mulheres também é outro artigo que deve ser alterado no Senado. Paim prevê que a reforma da Previdência será votada em setembro na Câmara e até dezembro no Senado. Se os senadores não fizerem mudanças no texto dos deputados, a PEC poderá ser promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado. Caso contrário, as alterações dos senadores retornam à Câmara para exame.

As informações são da Agência Senado.


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