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Dirceu diz que queda dos juros, quando vier, será permanente

Ministro assinou contrato para construção de navios no Rio de Janeiro

O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou nesta segunda, dia 9, que a tão desejada queda dos juros, quando ocorrer, será permanente para viabilizar o crescimento. Segundo o ministro, o Brasil não pode ter mais oscilações no câmbio, na taxa de juros e nem bolhas de crescimento.

– Nós temos absoluta segurança do que estamos fazendo. Quando os juros baixarem no Brasil, é para ficarem reduzidos e não voltar depois de três, quatro meses – disse Dirceu, durante a assinatura de um contrato da indústria naval no Rio de Janeiro.

– Não é mais possível nós iludirmos e enganarmos o país com medidas de curto prazo que, depois, se demonstram totalmente falaciosas e muitas vezes demagógicas.

Atualmente em 26,5%, seu maior patamar em quatro anos, as taxas de juros têm provocado insistentes protestos do setor produtivo e de integrantes do próprio governo, que culpam o aperto monetário pelo fraco crescimento econômico.

O ministro reafirmou que o governo precisa de um tempo para realizar a transição para o crescimento sustentado. Ele acrescentou que a sociedade brasileira tem sido compreensiva com o governo como mostram as recentes pesquisas de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dirceu também destacou a boa receptividade das reformas no Congresso, que considera vitais para criar as condições para a retomada do desenvolvimento.

– A velocidade com o que o Congresso Nacional vem aprovando as reformas... é uma demonstração de que a vontade política de mudar o país também está no Congresso – disse ele, referindo-se aos passos já dados para levar adiante as reformas da Previdência e tributária.

A preocupação com o crescimento da economia também foi levantada pelo ministro durante encontro com prefeitos e autoridades da região do ABC paulista em São Bernardo do Campo.

– Estamos preocupados, principalmente, com a retomada do crescimento econômico – disse Dirceu. – Apesar das restrições orçamentárias e apesar dos juros que o país tem, há no governo um esforço diário, permanente, de reorganização das condições para a retomada do desenvolvimento econômico.

Dirceu informou ainda que nesta semana o governo deve analisar a questão do microcrédito.

O ministro assinou contratos entre o grupo argentino UP Offshore e o Estaleiro Ilha S.A (EISA), para a construção de quatro embarcações de apoio a plataformas de petróleo do tipo PSV VS 4408 (Platform Supply Vessel).

A cerimônia foi na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Segundo o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, a construção dos quatro navios, que terá investimentos da ordem de US$ 63 milhões, vai gerar cerca de 500 empregos diretos. A execução dos navios por estaleiros brasileiros era uma promessa de campanha do presidente Lula. As informações são da agência Reuters e Globo News.


 
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