• Carlos Menem, Peronista: Carismático para seus simpatizantes, maquiavélico para os adversários, Carlos Menem foi presidente entre 1989 e 99, quando a Argentina vivia um "boom" econômico e se abria para o capital externo.

Mas escândalos de corrupção e um crescente aumento do déficit público também marcaram seus dois mandatos. Muitos argentinos acham que o descuido fiscal de seu governo provocou a desvalorização do peso e a moratória da dívida, em 2001.

O peronista, de 72 anos, ainda é um defensor das políticas de livre-mercado e da relação estreita com Washington. Ele promete colocar patrulhas nas ruas para combater a criminalidade.

Apenas duas semanas antes da eleição, ele anunciou que sua mulher, a ex-miss Universo chilena Cecilia Bolocco, 37, está grávida. Críticos acham que o anúncio teve fins eleitoreiros. As pesquisas mostram que Menem é rejeitado por muitos argentinos, que ainda assim apostam em sua vitória.

• Néstor Kirchner, Peronista: O quase desconhecido governador de centro-esquerda chegou ao cenário nacional graças ao apoio do presidente Eduardo Duhalde a sua candidatura. Ele tem uma imagem de moderado, e grande parte de sua popularidade vem do fato de ser considerado "o menos pior" entre os candidatos.

Kirchner, 53, é o governador de Santa Cruz, uma província da Patagônia, rica em petróleo. Lá, ele promoveu um impopular corte de gastos públicos, mas conseguiu salvar os fundos da província do colapso econômico, por ter investido o dinheiro no exterior.

Ele promete ampliar a recuperação econômica e a estabilidade social alcançada por Duhalde. Já anunciou a intenção de manter o respeitado ministro Roberto Lavagna no cargo.