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Sob a mira dos EUA, Bagdá se prepara para a guerra

Forças militares iraquianas foram centralizadas na capital do país

Antes da possibilidade real e próxima de um ataque encabeçado pelos Estados Unidos, o governo de Saddam Hussein acelerou nesta segunda, dia 17, os preparativos de defesa contra a operação. A edição desta segunda do jornal norte-americano The New York Times informa que a capital, Bagdá, foi cercada por sistemas de defesa aéreo mais sofisticados que os usados durante a Guerra do Golfo, em 1991. Saddam também reformou seu alto comando militar, dividindo o país em quatro distritos militares e os entregando a seus parentes e assessores mais leais.

Segundo o major-general Dan Leaf, principal chefe da Força Aérea dos EUA, Saddam levou a Bagdá todos os seus recursos de defesa aérea, transformando a capital no que ele classificou como "um ninho de vespas". Leaf disse que, comparadas com as de 12 anos atrás, as defesas de hoje estão mais fracas nas fronteiras do país e mais fortes em Bagdá.

O governo iraquiano esvaziou prédios de ministérios, retirando documentos secretos e equipamento, que poderiam ser usados pelos aliados, depois de uma guerra, para incriminar as autoridades de Bagdá em julgamentos por crimes contra a humanidade. As forças de segurança do partido nacionalista árabe de Saddam, o Baath, foram encarregadas de garantir a segurança de bairros. Tropas de elite foram mobilizadas pela capital.

As medidas de defesa em torno de Bagdá obedecem à suposta estratégia do ditador de fazer frente a uma intensa campanha de bombardeio dos aliados com sua artilharia antiaérea e enfrentar as forças americanas nos arredores da cidade. Se a tática falhar e se unidades norte-americanas entrarem na capital do país por terra ou por ar – com batalhões de pára-quedistas – Saddam quer montar uma resistência agressiva, com uma batalha de casa em casa.

De acordo com o The New York Times, Bagdá quer evitar também rebeliões internas de seu Exército durante um ataque americano. Meses depois do fim da Guerra do Golfo, oito das 14 províncias iraquianas se rebelaram contra Saddam. Funcionários do Baath espalharam pelo Iraque a informação de que a cidade estará sob toque de recolher durante 24 horas e que as pessoas não poderão sair de casa sem permissão.

Saddam manterá controle sobre a aviação iraquiana, as defesas aéreas e os sistemas de mísseis terra-terra. Seu filho mais novo, Qusay, será responsável pela defesa de Bagdá e pela província natal de Saddam, Tikrit.

Para tentar fortalecer o sul, o ditador escolheu Ali Hassan al-Majid, conhecido pelos adversários do governo como "Ali Químico", por ser acusado de ordenar ataques com armas químicas contra a população curda no norte do país na década de 90. O quartel-general de Majid estaria na cidade sulista de Nasiriyah.

Outro leal assessor de Saddam, Izzat Ibrahim, ficará no comando da região norte, estratégica pela presença curda e pela fronteira com a Turquia, onde poderão estar cerca de 62 mil soldados dos EUA. Mazban Khader Hadj, membro do Comando do Conselho Revolucionário, foi encarregado de controlar o centro.

Com informações da Globo News.

 
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