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 | 28/02/2008 17h20min

Trinta palestinos morreram em dois dias de ataques israelenses

Entre os mortos, estão oito crianças, inclusive, um bebê de cinco meses

Trinta palestinos, oito deles crianças, morreram nos ataques militares israelenses dos últimos dois dias, enquanto o presidente palestino, Mahmoud Abbas, insinuou que não descarta recorrer no futuro à resistência armada contra Israel. Com 25 vítimas mortais, a Faixa de Gaza foi a mais castigada pelos constantes bombardeios aéreos israelenses, especialmente intensos na noite e madrugada de ontem.

Por outro lado, as milícias palestinas lançaram mais de cem foguetes artesanais e bombas contra o sul de Israel, segundo o escritório de informação do Exército israelense. Um desses artefatos acabou com a vida de um israelense de 47 anos na universidade de Sapir, na zona fronteiriça, na quarta-feira. Os foguetes Ao-Qassam, fabricados em oficinas de Gaza, caíram nas últimas 36 horas em cidades como Ashkelon, mais distantes da fronteira e normalmente livres destes ataques.

Embora Israel efetue freqüentes incursões e assassinatos seletivos, nessa ocasião respondeu à chuva de mísseis com uma dureza inédita nas últimas semanas. Apesar da maioria das 30 vítimas mortais em Gaza e Cisjordânia serem milicianos, também vários civis perderam a vida, entre eles, oito crianças, incluído um bebê de cinco meses de idade. Quatro dos menores morreram nesta tarde ao receber o impacto de um míssil logo após se aproximar de uma plataforma de lançamento de foguetes Ao-Qassam nas imediações de Beit Lahiya, no norte de Gaza, informaram testemunhas e fontes médicas palestinas.

Três deles morreram imediatamente, enquanto o quarto morreu pouco depois por conta dos ferimentos. Outro dos civis mortos hoje é um pastor que recebeu o impacto de uma bomba também ao aproximar-se a uma plataforma de lançamento de foguetes na mesma zona. Um ataque posterior, no qual morreram dois palestinos, destroçou uma delegacia situada a cerca de 200 metros da casa do líder do governo do Hamas na faixa, Ismail Haniyeh, que interpretou as últimas ações militares como um "sinal de histeria" do Executivo de Israel.

Tanto testemunhas como o escritório de informação militar israelense sublinharam que o míssil não tinha como alvo a casa do dirigente islamita no campo de refugiados de Shati da Cidade de Gaza. Não se sabe precisar qual o paradeiro de Haniyeh desde que o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, decidiu há três semanas "aumentar o marco hierárquico" dos brancos de assassinatos seletivos.

EFE
 
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