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 | 29/12/2007 09h

Líder talibã nega envolvimento no assassinato de Benazir Bhutto

Porta-voz do Ministério do Interior paquistanês acusou Baitullah Mehsud do assassinato

Um porta-voz do líder talibã paquistanês Baitullah Mehsud, a quem o governo do Paquistão acusou de estar por trás do assassinato da líder opositora Benazir Bhutto, desmentiu hoje o envolvimento no atentado. A informação é do canal de televisão paquistanês Dawn.

O porta-voz do Ministério do Interior paquistanês, Javed Iqbal Cheema, tinha afirmado depois do atentado, ocorrido na quinta-feira passada, que o responsável pelo ataque tinha sido Mehsud, um conhecido líder talibã do leste do país a quem as autoridades vinculam à Al-Qaeda.

— O líder da Al Qaeda Baitullah Mehsud está por trás do assassinato — disse o porta-voz.

Cheema anunciou que os serviços de inteligência tinham interceptado uma comunicação de Mehsud na qual este felicitava os terroristas responsáveis pelo ataque a Bhutto. No entanto, um porta-voz de Mehsud negou hoje a existência dessa felicitação e desmentiu a participação de seu grupo no assassinato.

— Não assassinamos mulheres — disse o porta-voz Mohammed Omar, em declarações divulgadas pela Dawn.

O governo paquistanês já tinha acusado Mehsud de planejar os atentados em Karachi ocorridos em 18 de outubro, nos quais cerca de 140 pessoas morreram, quando uma multidão estava reunida para saudar a volta de Benazir Bhutto ao país após mais de oito anos de exílio. Mehsud controla áreas da região ocidental do Waziristão do Sul, onde também haveria elementos ativos da Al-Qaeda.

Antes da volta de Bhutto ao Paquistão, Mehsud já tinha declarado ironicamente que seus homens dariam as boas-vindas à ex-primeira-ministra, mas semanas depois emitiu um comunicado voltando atrás em suas declarações.

Bhutto foi assassinada na quinta-feira passada por um terrorista que detonou sua carga explosiva junto ao carro de onde a dirigente cumprimentava seus simpatizantes, mas o governo afirma que a líder opositora morreu ao bater a cabeça devido à queda por efeito da força da explosão. A morte de Bhutto abriu uma crise no Paquistão, onde devem acontecer eleições legislativas em 8 de janeiro.

A Comissão Eleitoral anunciou hoje a realização de uma reunião de emergência na próxima segunda-feira, a fim de explorar a possibilidade de adiar o pleito, afirmou hoje um porta-voz do órgão à Dawn.

EFE
 
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