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 | 17/08/2007 17h42min

Seis catarinenses sobrevivem ao terremoto no Peru

Eles entraram em contato com a família nesta sexta-feira

O pesadelo para seis famílias catarinenses terminou nesta sexta-feira quando um dos seis surfistas que estavam em Pisco, uma das regiões mais atingidas pelo terremoto no Peru, entrou em contato com os familiares em Florianópolis.

De um orelhão, o único disponível nas redondezas, Mercindo da Silveira Filho, de 36 anos, afirmou que todos sobreviveram e estavam bem.

A ligação não durou mais do que cinco minutos. Mercindo, que é morador do Canto da Lagoa da Conceição, no Leste da Ilha, está acompanhado do irmão, Luciano da Silveira, de 32 anos, Anderson de Souza, de 29 anos, Ricardo Schmidt, de 47 anos, o filho dele, Hulouz Schmidt, de 16 anos, e o amigo Danka Humbert, de 16 anos. O grupo retorna à Florianópolis na próxima terça-feira, após um mês de férias no Peru.

Os seis catarinenses, que passaram a maior parte das férias na região de Pacasmayo, Norte do país, resolveram ir para Pisco na quarta-feira. O destino seria uma ilha deserta, distante cerca de três horas, de barco.

– Chegamos em Pisco e acertamos com um barqueiro que sairíamos na quinta-feira cedinho. Com era final de tarde, resolvemos curtir o pôr-do-sol no porto. Assim que o sol saiu, começou o tremor e vimos todo mundo correndo sem destino. Um desespero – contou o surfista, que estava com os amigos num vilarejo próximo à Capital Lima, à espera da viagem de retorno.

Mercindo disse que o mar fez o recuo, o que fez as pessoas correr para montanhas, com medo de um tsunami. O grupo catarinense conseguiu subir um morro de 500 metros de altura. De lá, observaram a maré subir cerca de cinco metros de altura.

Somente no dia seguinte, o grupo pode ver o estrago do terremoto em Pisco e conferir a região sem comunicação com o resto do mundo. Desceram a montanha, caminharam a pé até uma estrada e, por sorte, avistaram um caminhoneiro, que deu carona.

Esta foi a quarta vez que o grupo passou as férias no Peru. Em uma das viagens, que fizeram de ônibus, ficaram presos, por uma semana, numa rodovia próxima à Cordilheira dos Andes. Uma geleira havia despencado e interditado todos os acessos terrestres.

ARIADNE NIERO / DIÁRIO CATARINENSE
Flávio Neves / Agência RBS

Dona Eliete da Silveira é mãe de Mercindo e Luciano da Silveira
Foto:  Flávio Neves  /  Agência RBS


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