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 | 13/07/2007 22h35min

Criciúma perde por 3 a 2 para a Ponte Preta

Equipe segue na liderança da Série B com 26 pontos

Se a reação tivesse ocorrido uns 15 minutos antes de terminar a partida, o Tigre sairia de Campinas, ao menos com um empate. Mas não foi assim. A equipe jogou um primeiro tempo muito ruim, acabou levando três gols. Alex Terra, duas vezes, e Pingo fizeram para a Ponte Preta. No segundo tempo, bem no finalzinho, Claudio e Emerson, contra, marcaram para o Tigre. No final, deu Ponte Preta 3 a 2.

A equipe do Criciúma permanece na liderança da Série B com 26 pontos.

Foi assim:

O Tigre começou o jogo com a serenidade e objetividade de sempre. A marcação era eficiente, cada jogador da Ponte Preta era cercado por dois, três tricolores. Entretanto, de forma "misteriosa", o time foi ficando desorganizado, frouxo, errando passes. A defesa dando espaços, enfim, tinha dado "xabu". A fome de vitórias da Ponte era grande. A equipe de Nelsinho Batista não vencia há quatro partidas.

A Macaca avançava pelos flancos. Aos 13 minutos, após cruzamento da direita, Alex Terra, meio desequilibrado, conseguiu dar um toquinho na bola. Ela foi morrer, mansa, no fundo do gol de Zé Carlos. O gol encheu os pulmões dos torcedores, que não comemoravam fazia tempo, e o ânimo do time paulista dentro de campo. Júlio César cobrou um escanteio fechado e quase fez um gol olímpico, mas Zé Carlos se esticou todo e salvou. O Tigre, perdido, atônito, não conseguia marcar e nem trocar passes, suas especialidades.

Aos 21 minutos, a Ponte fez 2 a 0. Numa bola levantada para a área, Claudio Luiz, de forma boba, cabeceou a bola para o meio da área. Pingo vinha de trás. Ele encheu o pé. Forte, a bola estufou as redes no canto da meta de Zé Carlos. O Tigre não tinha mais escolha. Saiu para o ataque. Adiantou a equipe na tentativa de provocar o erro defensivo da Ponte. Não deu resultado. Os paulistas aproveitaram os espaços para jogar no contra-ataque. Num deles, aos 47, Wanderley avançou pela esquerda e achou Alex Terra, que invadiu a área sozinho e chutou na saída do goleiro: 3 a 0. O Tigre levava um chocolate.

A expectativa para o segundo tempo era das piores. Porém, o Tigre voltou centrado, tocando a bola e com o time avançado. Gelson da Silva mudou algumas peças, a equipe passou a arriscar mais. Só que Nelsinho Batista formou um ferrolho. Bloqueou todos os espaços. O Criciúma arriscava com chutes de longa distância. Aos cinco minutos, Adriano recebeu com espaço e mandou para o gol. A bola tirou tinta da trave esquerda de Dênis.

A Ponte Preta estava satisfeita com o resultado. De vez em quando se jogava ao ataque. Mas nada com muita convicção ou vontade.

A torcida paulista já estava separando o dinheiro do ônibus, pegando as chaves do carro para ir embora, quando, aos 42, Claudio Luiz mandou para a área. Cláudio, livre, de cabeça, mandou para o gol. Um minuto depois, o capitão Emerson tentou afastar um cruzamento e de peixinho fez um bonito gol, mas contra.

Os torcedores já estavam balbuciando resmungos quando o árbitro encerrou a partida. Sorte da Ponte.

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rodrigo.celente@rbsonline.com.br

RODRIGO CELENTE
 
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