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 | 02/04/2007 09h40min

Rebelo diz que substituição de ministro da Defesa não é certa

Ex-presidente da Câmara é o mais cotado para o lugar de Waldir Pires

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) afirmou hoje em entrevista à Rádio Gaúcha que não há nada decidido sobre a saída do ministro da Defesa, Waldir Pires. Segundo a colunista de política Ana Amélia Lemos, Rebelo seria uma dos mais cotados para ocupar o cargo.

– Não há nada de concreto, o que há é especulação porque, quando a situação enfrenta dificuldades como a que enfrenta nesse momento o ministro Waldir Pires, as pessoas especulam. Mas o que eu sei é que nessas circunstâncias deve-se prestigiar quem ocupa a função, quem tem a responsabilidade – afirmou.

Para o deputado, entre os fatores que contribuíram para a crise estão o volume de passageiros que aumentou muito, o envelhecimento dos equipamentos e a logística do sistema. Sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, que a oposição tenta instalar no Congresso com resistência da base governista, Rebelo afirmou que a investigação parlamentar não é a melhor saída, mas cobrou uma solução.

– O governo tem que agir mostrando a solução do problema. Não adianta só querer impedir que se instale uma investigação política se a solução não aparece para a sociedade.

Sobre os controladores de vôos e a crítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que os chamou de irresponsáveis hoje pela manhã, Rebelo afirmou que faz parte do sistema das Forças Armadas a proibição de greves.

– Há instituições que independentemente do sistema do governo, baseiam-se em dois princípios: o princípio da hierarquia e o princípio da disciplina. Então, em qualquer circunstância, esses princípios muitas vezes também formam a base da democracia. E as Forças Armadas funcionam dessa maneira.

O deputado crê ser necessário rediscutir o papel da greve em setores considerados básicos e que “atingem a população”.

– Creio que em áreas como saúde e educação (...) que é preciso oferecer melhores condições de trabalho, remunerar melhor aqueles que trabalham na saúde e na educação, mas ao mesmo tempo assumir um pacto com eles. Ou seja: nesses setores aqui você tem uma condição melhor, mas em compensação você não vai deixar a população sem esse tipo de serviço que é essencial.

 
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