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 | 07/03/2007 20h23min

Visita de Bush vai paralisar São Paulo nesta sexta-feira

Cerca de 3 mil pessoas serão responsáveis por segurança do presidente dos EUA

As medidas anunciadas para garantir a segurança do presidente norte-americano, George W. Bush, durante sua visita ao Brasil, junto aos protestos previstos por diferentes grupos sociais, praticamente paralisarão São Paulo na sexta-feira. O chefe de Estado da maior potência econômica e militar do mundo chegará a São Paulo na noite de quinta-feira e permanecerá na cidade até a tarde de sexta-feira, quando viajará rumo ao Uruguai para continuar a viagem que o levará também à Colômbia, Guatemala e México.

Nas pouco menos de 24 horas que Bush ficará no Brasil, cerca de 3 mil pessoas serão responsáveis por sua segurança. Bush iniciará sua agenda oficial na manhã de sexta-feira com uma visita a instalações nas quais a Petrobras armazena etanol e mistura o combustível com a gasolina consumida pelos brasileiros.

Bush e Lula discutem memorando sobre o etanol

No mesmo local o governante norte-americano fará uma primeira reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir um memorando de entendimento relativo ao etanol, combustível que os dois países querem popularizar no mundo todo tanto para reduzir o consumo de petróleo como a emissão de gases poluentes. Os dois líderes voltarão a se encontrar pouco depois a vários quilômetros dali, no hotel Hilton São Paulo Morumbi, para uma reunião bilateral e um almoço de trabalho.

Presidente dos EUA visita ONG e pára o trânsito

Depois de sua reunião com Lula e antes de prosseguir rumo a Montevidéu, Bush visitará a ONG Meninos do Morumbi, que dá assistência a crianças carentes. A Secretaria Municipal de Trânsito já informou que todas as ruas pelas quais passará a comitiva do presidente norte-americano em seus diferentes deslocamentos serão fechadas ao público, o que pode agravar os já enormes engarrafamentos da cidade.

A secretaria, alegando razões de segurança, se nega a divulgar as ruas bloqueadas e os horários de interdição, por isso que os paulistanos ainda não sabem que locais evitar para não ficarem presos no trânsito durante o percurso da comitiva.

Exército e polícias Civil, Federal e Militar ajudarão na segurança

Além dos 300 agentes norte-americanos que receberam autorização para andarem armados no Brasil, no esquema de segurança participarão membros do Exército brasileiro, a Polícia Federal e agentes tanto da Polícia Civil como Militar do Estado de São Paulo.

A Polícia Militar informou que determinou a mobilização de mil homens, 300 veículos entre automóveis e motocicletas, além de 24 cavalos. A Polícia Civil contribuirá com 300 agentes, 50 carros, uma delegacia móvel e seis franco-atiradores para o esquema de segurança. A aeronáutica informou que o espaço aéreo sobre São Paulo e o uso dos aeroportos da cidade terão algumas restrições pontuais durante a visita de Bush.

Protestos e manifestações

Uma das maiores preocupações das autoridades são os protestos anunciados pelos grupos e partidos políticos, entre eles o PT, que terão o objetivo de manifestar sua rejeição à visita de Bush. Os protestos começarão na tarde de quinta-feira, quando a União Nacional dos Estudantes (UNE) e organizações como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) esperam reunir cerca de 10 mil pessoas em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Mas as marchas e as manifestações não se limitarão a este dia, quando vão acontecer eventos vinculadas à comemoração do Dia Internacional da Mulher.

– Também realizaremos manifestações na sexta-feira. Vamos queimar bonecos (representando Bush) e usar tinta vermelha para simbolizar as milhares de pessoas mortas pela política de segurança americana – afirmou o presidente da UNE, Gustavo Petta.

Como as manifestações estão previstas em diferentes locais, inclusive em frente ao consulado dos Estados Unidos em São Paulo e em alguns restaurantes da cadeia norte-americana McDonald's, os paulistanos dificilmente escaparão dos engarrafamentos.

AGÊNCIA EFE
Eraldo Peres / AP

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Foto:  Eraldo Peres  /  AP


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