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Roth quer atenção para a bola aérea no Canindé

Colorado já sofreu cinco gols pelo alto neste Campeonato Brasileiro

A tabela do Brasileirão vem reservando ao Inter não mais do que dois dias entre um compromisso e outro. Logo, os quatro dias de preparação para o confronto com a Portuguesa são considerados por todos no Beira-Rio como um verdadeiro alívio. Com mais tempo para corrigir os defeitos no time, Celso Roth (na foto, de boné) já detectou o problema que precisa ser resolvido com mais rapidez: a bola aérea na defesa.

A preocupação do técnico é procedente. Dos 11 gols sofridos pelo time no campeonato, cinco deles foram pelo alto. Pior, em dois casos – Botafogo e Guarani – ocorreram nos descontos. A solução passa por algumas medidas adotadas por Roth. A primeira delas é tirar da área os jogadores mais baixos. Cássio (1m68cm), por exemplo, era presença certa na defesa quando os adversários cobravam escanteios. Com o novo técnico, o lateral não fica sequer perto da área nesses lances. Vai para a linha do meio de campo com a incumbência de puxar o contra-ataque.

A medida seguinte é treinar a jogada aérea à exaustão. O coletivo da tarde desta terça-feira, 3 de setembro, foi uma mostra dessa intenção de Roth. Os lances próximos ao gol, seja no ataque ou na defesa, foram repetidos várias vezes, sempre com novas instruções do técnico.

– Ele (Roth) vem cobrando a bola parada desde que chegou aqui. Pode parecer repetitivo, mas só assim vamos acertar o posicionamento – explica o meia Fabiano.

As cobranças do técnico, porém, não param por aí. Roth também acredita que o Inter tem capacidade para ser mais objetivo. Por isso, chegou a interromper o treino depois de uma jogada de Mahicon Librelato. O atacante estava com a bola na entrada da área, quando Carlos Miguel pediu, e recebeu, o passe em profundidade. Não era a decisão certa na opinião de Roth.

– Se tu tem a bola na entrada da área, vai para cima. Tem que ter mais objetividade – justifica Roth.

Se por um lado, os jogadores são cobrados ao máximo dentro de campo, pelo menos podem aproveitar o dia a mais ganho graças à tabela de jogos. Pela primeira vez desde o início do Brasileirão, o grupo tem quatro dias entre uma partida e outra. A folga, no entanto, é temporária. O Inter enfrenta a Portuguesa nesta quinta-feira, às 20h30min, em São Paulo, o Vitória no domingo, em Salvador e já na próxima quarta-feira, o Palmeiras, no Beira-Rio.

– Temos pouco tempo para descansar. Por isso, estou aproveitando ao máximo esse dia a mais sem jogo. Durmo lá pelas 21h e só vou acordar às 8h – diz o zagueiro Luiz Alberto.

CARLOS CORRÊA
Ricardo Duarte  / ZH


Foto:  Ricardo Duarte  /  ZH


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