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 | 13/10/2006 10h19min

Valor real da folha de pagamento da indústria avança 1,1%

Principais contribuições positivas vieram de produtos químicos e eletroeletrônicos

Em agosto de 2006, o valor real da folha de pagamento da indústria avançou 1,1% (série ajustada sazonalmente), revertendo a queda observada em julho de 2006 (-0,4%). As comparações contra iguais períodos do ano passado foram positivas: 0,8% em relação a agosto de 2005, 0,7% no acumulado do ano e 1,2% no acumulado nos últimos 12 meses. O indicador de média móvel trimestral mostrou pequeno aumento em agosto (0,3%), após virtual estabilidade em julho (0,1%). Os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na análise do índice mensal (0,8%), a folha de pagamento real cresceu em 10 dos 14 locais investigados. O maior impacto positivo veio de Minas Gerais (10,5%), atribuído, principalmente, à alta em Metalurgia Básica (15,6%), Máquinas, Aparelhos Eletroeletrônicos e de Comunicações (54,9%) e Máquinas e Equipamentos (22,6%). Também merecem destaque a região Norte e Centro-Oeste (4,4%), sobretudo, por conta da influência positiva vinda de Alimentos e Bebidas (5,7%), Produtos Químicos (35,1%) e Máquinas, Aparelhos Eletroeletrônicos e de Comunicações (10,6%); e Rio de Janeiro (4,3%), em razão dos ganhos salariais observados em Alimentos e Bebidas (21,1%), Indústria Extrativa (14,2%) e Meios de Transporte (18,1%). Em sentido oposto, as pressões negativas mais relevantes vieram do Rio Grande do Sul (-9,3%) e do Paraná (-5,8%), por conta, respectivamente, da redução salarial em Calçados e Artigos de Couro (-20,0%) e Alimentos e Bebidas (-9,0%); e Alimentos e Bebidas (-13,8%) e Madeira (-16,1%).

Ainda nesta comparação, oito das 18 atividades aumentaram o valor da folha de pagamento real, sendo que as maiores influências positivas foram de Produtos Químicos (12,9%), Máquinas, Aparelhos Eletroeletrônicos e de Comunicações (15,1%) e Meios de Transporte (3,0%). Por outro lado, as maiores perdas salariais vieram de Máquinas e Equipamentos (-15,4%) e Calçados e Artigos de Couro (-10,3%).

No indicador acumulado janeiro-agosto 2006/janeiro-agosto 2005, o valor real da folha de pagamento mostrou avanço de 0,7%, com taxas positivas em 11 dos 14 locais pesquisados. Os impactos positivos mais significativos vieram de Minas Gerais (8,0%), em razão de Meios de Transporte (14,0%) e Metalurgia Básica (6,9%); região Norte e Centro-Oeste (7,5%), influenciada por Alimentos e Bebidas (10,5%) e Máquinas, Aparelhos Eletroeletrônicos e de Comunicações (22,3%); e de São Paulo (0,5%), por conta de Produtos Químicos (30,7%) e Máquinas, Aparelhos Eletroeletrônicos e de Comunicações (13,1%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-8,4%) e Paraná (-5,2%) exerceram as principais pressões negativas influenciados, respectivamente, pelos setores de Calçados e Artigos de Couro (-22,5%) e Produtos Químicos (-12,8%); e Alimentos e Bebidas (-10,2%) e Madeira (-17,2%).

Setorialmente, no total do país, sete das 18 atividades ampliaram a massa salarial. As principais contribuições positivas vieram de Produtos Químicos (13,6%) e Máquinas, Aparelhos Eletroeletrônicos e de Comunicações (12,3%), enquanto Máquinas e Equipamentos (-12,3%) e Calçados e Artigos de Couro (-12,7%) foram os impactos negativos mais significativos.

IBGE
 
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