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 | 13/09/2006 21h44min

Meligeni descarta treino específico com Guga

Catarinense disputou apenas uma competição neste ano

Usando a tática do mistério, o capitão da equipe brasileira da Copa Davis Fernando Meligeni admitiu nesta quarta que não tem preparado Gustavo Kuerten para jogos de simples ou de duplas. Ele confirmou a presença do catarinense nos treinos na academia de Mauro Menezes, na zona oeste de São Paulo, mas garantiu que não tem feito trabalho específico com o ex-número um do mundo.

– Treinamos quase quatro horas ontem (terça-feira), mais quatro horas e meia hoje (quarta) e tem sido ótimo, muito corrido. O Guga está motivado, em ótima forma e trabalhando forte para chegar pronto e tentar uma vaga entre os quatro. Mas não tem feito nada diferente do (Flávio) Saretta, por exemplo – contou Meligeni.

Guga, que se juntou ao grupo em São Paulo na terça e fica até esta quinta, disputou apenas o Aberto do Brasil neste ano e despencou para baixo da milésima posição no ranking. No entanto, admitiu estar cada vez mais perto do retorno e pronto fisicamente para defender o país, o suficiente para que Meligeni confiasse novamente em sua presença.

Desse modo, o capitão brasileiro surpreendeu e o incluiu na lista para o confronto com a Suécia, válido pela repescagem da Davis. Os outros foram Flávio Saretta, André Sá, Ricardo Mello e Marcos Daniel. Como pode inscrever apenas quatro, Meligeni admitiu novamente que só falará os escolhidos uma hora antes do sorteio da quinta-feira, que define a ordem dos confrontos.

– Vai ser uma escolha tática. A gente pode fazer algumas coisas como ter duplistas definidos (neste caso, Sá e Guga), ou ter três para simples, o que mudaria tudo e nos deixaria com algumas boas opções. Vou divulgar isso só na quinta, mas claro que os jogadores saberão antes. Todos merecem estar lá – explicou.

Apesar de garantir que suspense não ganha jogo, o capitão não escondeu que a tática de não divulgar a equipe pode beneficiar o país no confronto.

– Na Davis você sempre treina para enfrentar um cara. E desse jeito eles ficam sem saber contra quem vão jogar, se entra um canhoto, se é o Guga, o (Marcos) Daniel. Por esse lado pode ser legal.

Ao contrário do Brasil, os suecos definiram na terça a equipe que vem ao Brasil com apenas quatro nomes. Dois deles para simples, Robin Soderling e Andreas Vinciguerra, e outros dois para duplas, Jonas Bjorkman e Simon Aspelin.

– É um time forte. O Vinciguerra é mais saibreiro , mas o Soderling é forte de qualquer jeito. Vai ser um confronto complicado – adianta.

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