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 | 31/08/2006 13h17min

Indústria revisa para baixo estimativa de crescimento

Fiesp estima que o PIB industrial deverá apresentar alta de 2% no ano

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) revisaram nesta quinta suas previsões para o PIB industrial e para o PIB do país em 2006, em função do fraco desempenho apurado no primeiro semestre pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nas contas da Fiesp, o PIB brasileiro deve ficar mais próximo de 2,5%, contra uma previsão anterior de alta de até 3,5%. A entidade estima ainda que o PIB industrial deverá apresentar alta de 2% no ano, bem abaixo do intervalo previsto anteriormente, entre 2,9% e 3,9%.

Da mesma forma, o Ciesp revisou para baixo suas previsões. Depois de começar o ano com uma estimativa entre 3,5% e 4% para o crescimento do PIB brasileiro, a entidade fala agora em um aumento de 3%. A nova previsão para o PIB industrial do Ciesp é de 3,5%, contra 4% anteriormente.

– Antes, diziam que éramos pessimistas. Infelizmente não estávamos sendo pessimistas. O mundo real mostrou isso – disse Paulo Francini, diretor do Departamento de Economia da Fiesp.

Na avaliação das duas entidades, o desempenho da indústria está sendo puxado para baixo pela forte valorização do câmbio, que inibe as exportações, e pelo peso dos juros, que influenciam na decisão de novos investimentos produtivos.

Segundo o diretor de Economia do Ciesp, Boris Tabacof, existe hoje 'um sentimento de apreensão e incerteza' entre os empresários, que se preparam para iniciar o planejamento de suas atividades em 2007.

Francini ironizou declarações recentes do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que as indústrias teriam de se acostumar com o atual patamar do câmbio.

– Tudo bem, você pode acostumar o cavalo a não comer, mas uma hora ele pode morrer.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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