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PTB já pensa em ministérios

Partido financia campanha de Ciro e aponta nomes para um eventual governo

O partido comandado pelos deputados ex-colloridos (ligados ao ex-presidente Fernando Collor) José Carlos Martinez (PR) e Roberto Jefferson (RJ) controla o dinheiro da campanha de Ciro Gomes, candidato da Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT) à Presidência.

Dos quatro integrantes do comitê financeiro de Ciro, dois são do PTB – Martinez, presidente da sigla, e o deputado Walfrido Mares Guia (MG). Com o irmão caçula do candidato, Lúcio Gomes, e o empresário Márcio de Lacerda, o grupo está encarregado de arrecadar recursos para a campanha.A previsão de gastos da Frente Trabalhista é de R$ 25 milhões.

– O Ciro mandou a gente correr atrás (de recursos), menos de banqueiros. Estamos de bico aberto – afirmou Jefferson, líder do PTB na Câmara.

Sem contar com os grandes doadores ainda, o PTB está arcando com a maior parte das despesas. Com isso, credencia-se para garantir um espaço privilegiado num eventual governo Ciro. Oficialmente, a cúpula do PTB nega, mas a interlocutores já dá como certa uma fatia no ministério, ocupando três pastas, entre elas a da Agricultura, onde o nome mais cotado é o do deputado Nelson Marquezelli (SP), e da Educação, que iria para o deputado Walfrido Guia. O outro petebista no páreo é o ex-governador paulista Luiz Antônio Fleury Filho.

– Fazemos tudo que o Ciro quer, sem esperar retribuição, mas temos bons nomes para tudo – diz Jefferson.

Desde junho, o PTB gastou cerca de R$ 800 mil, dinheiro do fundo partidário, com a campanha de Ciro. O avião que o candidato passou a usar há poucas semanas é bancado por Martinez, um empresário paranaense do ramo das comunicações que ganhou uma concessão de TV no governo Collor.

O PTB também arcou com as despesas das inserções de Ciro na TV, que acabaram impulsionando a candidatura nas pesquisas. A festa de lançamento de Ciro, no mês passado em Pindamonhagaba (SP), também foi custeada pela sigla, com auxílio da Força Sindical, que indicou o vice de Ciro, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PTB-SP). A central sindical é que monta a estrutura dos comícios.

Em Brasília, a sigla paga o aluguel do escritório e de um apartamento onde Ciro se hospeda. Até as despesas de viagem de assessores e do carro com motorista que Ciro utiliza em Brasília são por conta do PTB. Um comitê central na Capital Federal, cujo aluguel custa R$ 15 mil, também está sendo montado.

Quem coordena a organização da campanha de Ciro em Brasília é o primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, citado pelo Ministério Público como receptor de R$ 560 mil nos documentos do caixa 2 da campanha do prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi (PFL), em 2000.

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.

 
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