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 | 25/06/2002 12h12min

Malan afirma que mudanças em fundos beneficiaram pequenos

Ministro explica medidas do governo ante crise do mercado financeiro no Senado

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, afirmou nesta terça-feira, 26 de junho, que a recente intervenção do Banco Central nos fundos de investimentos foi correta e adotada para preservar o pequeno aplicador. Segundo reiterou, a antecipação da exigência de marcação a mercado dos títulos existentes nos fundos objetivou poupar o pequeno investidor e não o grande, que poderia ter saído antes por ter acesso a informações mais detalhadas sobre a movimentação do mercado.  Malan participa na manhã desta terça-feira, 26 de junho, de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para explicar as recentes medidas adotadas pelo governo para enfrentar a crise do mercado financeiro. O diretor do BC Sérgio Darcy, que representa o presidente da instituição, Armínio Fraga, disse que a medida foi agilizada em decorrência do processo de depreciação do valor de títulos públicos, impulsionado pelo aumento da avaliação de risco do país.

A antecipação de 30 de setembro para 31 de maio da contabilização dos títulos das carteiras dos fundos de investimentos pelo valor de mercado  acarretou em atualização diária das cotas de acordo dos fundos com o valor dos papéis de suas carteiras no mercado. A marcação a mercado desses títulos foi implantada em 1995 e de lá para cá alguns bancos vinham aplicando a medida, outros estavam em processo de andamento, e alguns não tinham feito nada.

Durante a exposição aos senadores, Malan apontou como aspectos importantes para afastar turbulências na área econômica a credibilidade e o respeito a contratos, a redução da incerteza jurídica e a estabilidade político-institucional. Segundo o ministro, o grau de compromisso dos candidatos à Presidência com a operação coerente dos regimes fiscal, monetário e cambial seria fundamental para a percepção do risco do país, da volatilidade e instabilidade do mercado. Diante do período "delicado e de incertezas" que vive a economia internacional, Malan destacou a ação "ativa" do governo nos foros financeiros externos e no combate a políticas protecionistas, como as adotadas pelos Estados Unidos nas áreas agrícola e siderúrgica. Ele defendeu a união do Brasil com outros países para enfrentar os desafios postos por um mercado externo cada vez mais volátil.

O debate foi solicitado em requerimento conjunto dos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Romero Jucá (PSDB-RR).

As informações são das agências Brasil e Senado.

 
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