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 | 09/06/2006 10h26min

Produção industrial cai em seis regiões em abril

Maiores quedas foram registradas em Santa Catarina e Amazonas

A atividade industrial recuou em seis das 14 regiões pesquisadas e incluídas na Pesquisa Mensal Regional da indústria em abril e divulgada nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com abril de 2005, a maior queda foi registrada em Santa Catarina, de 10,2%, seguida pelo Amazonas (-9%), Rio Grande do Sul (-8,9%), Paraná (-6,3%), Goiás (-4,9%) e São Paulo (-1,2%).

Por sua vez, a atividade no Rio de Janeiro e Ceará apresentaram estabilidade, enquanto no Pará houve crescimento de 10,2%. A produção no Espírito Santo, Minas Gerais e Região Nordeste cresceu 1,3%, 1,2% e 1,2%, respectivamente. Segundo o IBGE, a ausência de dois dias úteis em relação a abril do ano passado influenciou a comparação.

Ainda na comparação mensal, os resultados regionais de abril contrastam com o ritmo de crescimento de março, quando apenas dois locais apresentaram queda. A desaceleração entre março e abril atinge a maioria das regiões investigadas. Essa perda de ritmo no indicador mensal também foi apontada no índice nacional que registrou crescimento de 5,3% em março e queda de 1,9% em abril. Esse movimento foi mais intenso no Amazonas (de 7,4% em março para -9,0% em abril), Ceará (de 12,7% para 0,0%) e em Santa Catarina (de 2,0% para -10,2%).

O único local que mostra aceleração na produção, entre março e abril, foi Pernambuco (de 3,9% para 8,6%), resultado influenciado pelo crescimento atípico em produtos de metal, por conta de concessão de férias coletivas em abril de 2005, em uma importante empresa do setor.

O acumulado do ano, frente a igual período de 2005, mostra um predomínio de resultados positivos, que alcançam 10 das 14 áreas pesquisadas. Neste índice, a liderança do desempenho regional, em termos da magnitude do crescimento, permanece com Pará (12,0%), sustentada, sobretudo, pelo maior dinamismo observado na extração do minério de ferro.

Com taxas acima da média nacional (2,9%) figuram, ainda Ceará (7,8%), Bahia (6,3%), Minas Gerais (5,0%), Pernambuco (4,4%), Amazonas (3,9%), Rio de Janeiro (3,7%) e São Paulo (3,2%). Nestes locais confirma-se o padrão de crescimento observado para o total da indústria brasileira ao longo do ano, marcado pelo dinamismo de segmentos articulados com bens de consumo duráveis e bens de capital, e de setores com presença importante nas exportações.

A região Nordeste (2,9%), com taxa idêntica à média nacional, e Espírito Santo (2,0%) também registram crescimento, enquanto os demais locais apresentam queda: Goiás (-0,3%), Santa Catarina (-1,6%), Rio Grande do Sul (-3,6%) e Paraná (-5,7%).

IBGE

 
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