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 | 29/05/2006 11h02min

Clube pode ir à Justiça para manter Jorge Wagner

Carvalho diz ter documento em que o jogador destina 70% dos seus direitos federativos ao clube

O Inter está disposto a ir à Justiça para manter Jorge Wagner no Beira-Rio. O presidente Fernando Carvalho garante guardar um documento em que o jogador destina 70% dos seus direitos federativos ao clube a partir de 6 de agosto, quando termina seu vínculo com o Lokomotiv Moscou.

O documento arquivado por Carvalho faz parte do pré-contrato assinado pelo jogador em 2005. Para entender a situação atual, é preciso retroceder no tempo. O Lokomotiv aceitou emprestar Jorge Wagner com a condição de que o período de 18 meses fosse dividido em três contratos de seis meses. Alimentava esperança de, neste meio tempo, vendê-lo e recuperar o investimento feito nele.

A renovação do empréstimo, assim, ficou condicionada à liberação pelos russos a cada seis meses. Na chegada ao Inter, em janeiro de 2005, Wagner firmou por meio ano e assinou um pré-contrato. Concordava em prorrogar sua permanência por mais 18 meses de forma automática, a partir de 5 de agosto de 2006, e consentia em ceder 70% dos direitos ao Inter.

Em julho de 2005, houve a necessidade de renovar o empréstimo por mais seis meses. Wagner assinou junto, outra vez, o pré-contrato e o concordância em ceder 70% dos direitos ao Inter. Em janeiro, na última renovação, pleiteou a liberação antecipada dos russos e o direito de definir seu destino. Por essa razão, demorou a se apresentar e chegou com cinco dias de atraso a Porto Alegre. Para ficar mais um semestre, fez uma exigência: não assinaria outra vez o pré-contrato.

Os empresários do jogador apostam em sua liberação ao final do empréstimo, já que expirará o vínculo com o Lokomotiv. Tanto que acertaram na quinta-feira, em São Paulo, sua ida para o Wolfusburg por quatro anos. Na quarta-feira, quando o Inter estará em São Paulo para enfrentar o São Caetano, Wagner assinará pré-contrato com os alemães. O Inter aposta no seu documento para impedir a saída do jogador. Carvalho é taxativo:

– Ele não vai sair, vou brigar na Justiça e provar que temos direito ao jogador – argumentou o dirigente.

LEONARDO OLIVEIRA / ZERO HORA
 
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