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 | 15/05/2006 19h21min

Imprensa portuguesa discute ausências na lista

O porquê da não convocação do atacante Ricardo Quaresma, do Futebol Clube do Porto foi a questão que ficou por responder na convocação da seleção portuguesa de futebol, segundo informações do site GloboEsporte.com. Luiz Felipe Scolari respondeu desta forma ao primeiro jornalista que colocou a pergunta:

– Eu já disse que não falo sobre jogadores não convocados. Não quer colocar outra pergunta.

Quaresma, que foi considerado o melhor jogador português do campeonato, ficou para a seleção sub-21, que vai jogar o campeonato europeu da categoria, que se realiza no final do mês. Desde o final da semana passada o técnico brasileiro vem enfrentando a pressão pela sua convocação – muito mais leve do que a pressão que enfrentou pela chamada de Romário para a última copa, há quatro anos, em que até o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, se manifestou pela escalação do baixinho.

– Tendo em conta que nenhum deles seria titular, Quaresma é muito superior ao (Luís) Boa Morte (do Everton, da Inglaterra). É capaz de entrar numa partida e revolucionar alguma coisa – afirma Pedro Fonseca, especialista em futebol da agència de notícias Lusa.

– Embora eu preferisse que Quaresma fosse chamado, a não convocação dele não é uma surpresa. Ele é um grande jogador, capaz de lances geniais, mas nessa área Cristiano Ronaldo (do Manchester United, da Inglaterra) e Deco (do Barcelona) são mais consistentes. Mas segundo a filosofia do Scolari, o mais importante é o grupo. E Boa Morte já foi sacrificado ficando de fora da Eurocopa, há dois anos – explica Jaques Ferreira, do jornal 24 Horas.

Outra polêmica de Felipão foi com o técnico da seleção sub-21, Agostinho Oliveira. A questão era quem tinha mais poder dentro da federação e vários dos jogadores sub-21 vieram dizer que o seu chefe é Oliveira. Antes da coletiva em que apresentou a convocatória, Felipão fez uma declaração:

– Ficou definido no segundo contrato que fizemos com a federação a minha função, como técnico. Abaixo de mim, trabalha o técnico da sub-21, o técnico da sub-20. Acima de mim está o presidente da federação. Em todos os clubes em que trabalhei, estes eras os organogramas. Não é preciso gastar tempo com perguntas sobre quem é o chefe, quem manda. Somos hierarquicamente divididos. E, se tiver de trocar um jogador, virá da seleção sub-21 – concluiu.


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