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 | 05/05/2006 10h23min

Produção industrial cai 0,3% em março

Indústria oscila e não mostra tendência firme de crescimento

A produção industrial brasileira caiu 0,3% em março na comparação com fevereiro, segundo dados com ajuste sazonal, conforme divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O nível de atividade industrial apontou expansão de 5,2%, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Os resultados, segundo apurou o IBGE, revelam oscilações da produção industrial e ainda não apresentaram uma tendência firme de crescimento.

O recuo em março atingiu 17 das 23 atividades que têm séries mensais ajustadas. As quedas mais significativas ocorreram nos ramos de farmacêutica (-14,3%), bebidas (-5,5%) e veículos automotores (-1,7%). Por outro lado, as principais pressões positivas vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (4,8%), celulose e papel (1,9%) e alimentos (0,6%).

O acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar 3,3%, interrompe a trajetória de queda observada ao longo do ano passado. A produção industrial brasileira fechou o primeiro trimestre de 2006 com expansão de 4,6% frente a igual período do ano anterior. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o acréscimo foi de 1,2%, confirmando o movimento de recuperação iniciado no fim de 2005.

No corte por categorias de uso, o indicador acumulado para o primeiro trimestre revela crescimento mais acelerado nos bens de consumo duráveis (14,9%) e em bens de capital (9,2%). A produção de bens de consumo semi e não-duráveis registrou crescimento de 4,0%, ligeiramente abaixo dos 4,6% para o total da indústria. O segmento de bens intermediários teve o crescimento mais moderado (2,8%) no trimestre.

Em síntese, a evolução dos índices nos primeiros três meses de 2006 revela um quadro positivo. Na série livre de influências sazonais, a indústria geral cresce pelo segundo trimestre consecutivo, acumulando um incremento de 1,9%, e passa a operar em patamar muito próximo ao de dezembro de 2005 (recorde histórico). Algumas indústrias tipicamente exportadoras, como a extrativa e a de celulose e papel, registraram nos três primeiros meses seus níveis mais elevados de produção.

IBGE
 
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