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 | 20/05/2002 22h08min

Marcílio vive pior crise em 83 anos e ameaça fechar as portas

Três meses de salários atrasados, alguns jogadores deixando o clube e boa parte do grupo desmotivada. Esse é o cenário no velho Marinheiro, que passa por uma crise que parece não ter fim. E, no Octogonal final do Campeonato Catarinense, os problemas extra-campo estão atrapalhando o rendimento do Marcílio Dias, lanterna com quatro pontos em cinco jogos.

– Não tenho apoio, patrocínio, nem dinheiro. Conseqüentemente, não posso segurar os jogadores aqui. Vamos terminar de forma honrosa o campeonato, mas depois teremos que desativar o futebol profissional em Itajaí – disse o presidente de honra do clube, Admar Egon da Rosa.

Sem patrocinador, o Marinheiro também não pode contar com o que arrecada nos jogos, pois a renda fica com a Justiça do Trabalho. Segundo o diretor de secretaria da 2ª Vara do Trabalho, Willian Paulo Pereira, a dívida do Marcílio Dias, decorrente de ações trabalhistas, gira em torno de R$ 500 mil.

Ele informou que o valor refere-se a um único processo, de 1998, no qual foram agrupadas todas as ações contra o clube. Pereira também destacou que, por enquanto, não existe nenhuma determinação do juiz do trabalho para que a renda da partida contra o Tubarão também seja penhorada.

– Pode ter sido feito algum acordo para esse jogo, pois deste o início do campeonato, a renda vinha sendo depositada na Justiça – disse.

A crise, é claro, afeta diretamente os jogadores.

– Acabar minha faculdade em Itajaí é a única razão que me segura no clube. Mas ainda tenho motivação para entrar no campo, principalmente porque quem almeja algo melhor no segundo semestre tem que se garantir dentro de campo – conta o zagueiro Edu.

Entretanto, nem todos os jogadores estão dispostos a continuar em Itajaí, como Edu. O zagueiro China viajou para Argentina, onde fará testes no Uracan. O goleiro Nei, um dos destaques da equipe no Hexagonal e o lateral Dirlei também saíram. O meia Teco, que cumpre suspensão automática contra o Tubarão, também busca outro clube.

– O que é bom para os atletas é também para o Marcílio. Por isso estamos liberando alguns jogadores que querem sair em busca novos clube – declarou o presidente marcilista.

MARILÚCIA PEREIRA / JORNAL DE SANTA CATARINA

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