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 | 19/02/2006 16h14min

Líderes islâmicos são detidos para evitar protestos no Paquistão

Governo tenta conter manifestações contra charges de Maomé

Vários líderes islâmicos foram detidos no Paquistão para tentar frear os protestos contra as caricaturas de Maomé, que se repetem hoje pelo sétimo dia consecutivo, segundo informou o Ministério do Interior paquistanês.

O ministro do Interior paquistanês, Aftab Ahmed Khan Sherpao, afirmou que as detenções aconteceram para prevenir que se deteriore ainda mais a situação.

As detenções começaram depois que o governo, após negociar com os líderes da coalizão de seis partidos islâmicos Muttahida Majlis-e-Amal (MMA), não conseguiu que estes cancelassem os protestos convocados para hoje na capital, proibidas ontem pelo governo.

O Executivo anunciou em comunicado divulgado na tarde de ontem que "em interesse da paz pública e para garantir a tranqüilidade, a harmonia e a segurança, foi considerado imperativo proibir os encontros, procissões e comícios no território de Islamabad".

Para evitar que aconteçam estes protestos as autoridades da província de Punjab, no nordeste do Paquistão, puseram ontem à noite sob prisão domiciliar Qazi Hussain Ahmad, chefe do grupo Jamat Islami e da MMA, e ordenaram que não se lhe permita sair durante os próximos 30 dias do lugar onde se encontrava, o escritório deste grupo na cidade de Lahore.

Ahmad afirmou que o governo "cometeu um erro" ao impedir que lidere os protestos contra as polêmicas caricaturas do profeta Maomé publicadas na Europa. O chefe da MMA afirmou que com a ausência dos líderes será responsabilidade do governo manter a paz durante as manifestações convocadas para hoje em Islamabad e Rawalpindi, cidade muito próxima à capital que acolhe a residência do presidente paquistanês, general Pervez Musharraf.

AGÊNCIA EFE
 
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