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 | 15/01/2006 10h57min

Israel decide autorizar eleições palestinas em Jerusalém

Gabinete aprovou a participação dos eleitores em cinco filiais dos correios

O governo israelense aprovou hoje a realização das eleições palestinas em Jerusalém Oriental, onde os moradores palestinos poderão escolher no dia 25 seus representantes para o Parlamento de Ramala. Isto significa que nestas duas próximas semanas os 13 partidos, organizações e candidatos independentes que disputam as 132 cadeiras da Câmara Legislativa, com a exceção dos candidatos do Movimento islâmico Hamas, poderão realizar seus atos e comícios de propaganda eleitoral em Jerusalém Oriental.

A resolução oficial indica, por outro lado, que os candidatos do popular movimento Hamas, que participará pela primeira vez das eleições legislativas, não poderão fazer campanha dentro da cidade e serão detidos se fizerem isso.

– O Hamas não entrará em Jerusalém e não resta dúvida disso – afirmou o primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, a seus colaboradores, referindo-se às eleições em que o movimento de resistência Islâmica será o principal rival do histórico movimento nacionalista Fatah, fundado pelo falecido Yasser Arafat.

O ministro de Assuntos Exteriores em fim de mandato, Silvan Shalom, descreveu como "um grave e perigoso erro" a participação do Hamas nas eleições palestinas, pois contradiz os acordos de Oslo (1993) para a paz entre israelenses e palestinos.

– Esses acordos estipulam que será proibida a participação nas eleições de partidos que negam o direito do Estado israelense a existir – como é o caso do Hamas, ressaltou Shalom.

O gabinete nacional aprovou a participação dos palestinos em cinco filiais dos correios de Jerusalém Oriental, segundo uma fórmula empregada em janeiro de 1996 durante as primeiras eleições nacionais na Cisjordânia, Gaza e em Jerusalém oriental, onde essa comunidade conta com quase 230 mil membros, um terço dos habitantes da "capital indivisível e eterna" de Israel.

Esta decisão, que derrubou o último dos obstáculos que ameaçavam adiar a votação, coincide com a vontade expressa dos Estados Unidos e da União Européia (UE), que supervisionarão a transparência das eleições.


 
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