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 | 20/12/2005 14h16min

CNI projeta superávit comercial de US$ 44,3 bi em 2005

Vendas para mercado externo deverão ultrapassar US$ 118 bilhões neste ano

As exportações foram, mais uma vez, o principal motor da atividade econômica brasileira em 2005. De acordo com a edição especial do Informe Conjuntural – Economia Brasileira: Desempenho e Perspectivas, divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apesar da forte valorização do real diante do dólar, as vendas externas deverão ultrapassar US$ 118 bilhões neste ano, um crescimento de 22,7% em relação ao ano anterior. As importações aumentarão para US$ 74 bilhões, uma alta de 17,8% na mesma comparação. Com isso, o superávit comercial ultrapassará as expectativas e atingirá US$ 44,3 bilhões em 2005.

No Informe Conjuntural do terceiro trimestre, a previsão da CNI para o superávit comercial estava em US$ 41 bilhões, com exportações de US$ 117 bilhões e importações de US$ 76 bilhões.

Neste ano, o Brasil aumentou sua participação nas exportações mundiais de 0,87% para 0,91%. Mesmo assim, essa participação é muito inferior à da maioria dos países emergentes e sugere que há espaço para a expansão das vendas externas, desde que as condições internas de competitividades sejam satisfeitas, destaca o estudo.

"O câmbio valorizado, sem contrapartida de avanços adicionais na eliminação das distorções internas que prejudicam a competitividade dos produtos brasileiros – como carga tributária, custo do capital, logística, encargos trabalhistas etc – põe em risco a capacidade de sustentar a trajetória de expansão das exportações do passado recente", diz o documento da CNI.

Estimativas preliminares indicam que a taxa média do dólar será de US$ 2,43 em 2005, o que representará uma valorização de 10,6% em relação à média de dezembro de 2004. De acordo com o estudo, o fortalecimento do real não foi provocado pela desvalorização do dólar nos mercados mundiais.

"Este ano, a moeda brasileira é uma das poucas a registrar aumento de valor comparativamente à moeda americana, o que evidencia que o processo de valorização do real tem origens internas", diz o documento.


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