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 | 09/12/2005 13h44min

Blair quer cúpula de ricos e emergentes após Hong Kong

Londres espera avanços limitados em matéria de abertura de mercados

O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, quer convocar uma cúpula entre os países ricos (G7) e cinco nações emergentes - Brasil, Índia, México, China e África do Sul - para pouco depois da conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Hong Kong.

A informação é de fontes de Downing Street (residência oficial do chefe de Governo) citadas pelo jornal The Guardian hoje. Blair, cujo país preside o G7 neste ano, e a União Européia neste semestre, acredita que não há tempo para realizar a reunião antes da conferência.

O premier britânico pretendia convocar nesta semana a reunião dos dois grupos, proposta inicialmente pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para estimular as negociações multilaterais de comércio.

As fontes britânicas citadas pelo jornal apontam que Londres espera avanços limitados do encontro em Hong Kong em matéria de abertura de mercados e acrescentam que Blair não baixou seu "nível de ambição" sobre o que deve ser obtido na rodada de Doha e estuda marcar a reunião para janeiro.

De acordo com essas fontes, tanto Blair como seu ministro das Finanças, Gordon Brown, estariam insatisfeitos com o fato de diretor-geral da OMC, o francês Pascal Lamy, ter rebaixado as expectativas em vez de correr o risco de um novo fracasso como em Seattle (EUA) e Cancún (México) há dois anos.

Se as expectativas iniciais tivessem sido mantidas, dadas as divergências principalmente no comércio agrícola, haveria o risco de um novo e sonoro fracasso, explicam fontes ligadas ao diretor-geral da organização.

O provável fracasso certamente levaria a uma suspensão nas conversas e dificilmente haveria tempo de concluir a rodada antes de meados de 2007, quando termina o mandato para negociar este tipo de acordos pela "via rápida" obtido pelo presidente George W. Bush do Congresso dos EUA.

O Reino Unido teme que, depois da conferência ministerial de Hong Kong, as negociações multilaterais de comércio percam impulso e acabem em um acordo muito restrito que não satisfaça nem os desenvolvidos nem os países em desenvolvimento.

Para Blair, a posição dos 25 países-membros da UE em matéria agrícola coincide quase inteiramente com a da França, país extremamente protecionista em agricultura.

AGÊNCIA EFE
 
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