novembrada | 27/11/2009 12h11min
Vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 1979, Lígia Giovanella tinha 23 anos e se preparava para a formatura no curso de Medicina quando se tornou uma das protagonistas da Novembrada em Florianópolis.
A pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública, instituição ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, foi presa em 1979 com outros seis estudantes — Marize Lippel, Rosângela Koerich de Souza, Newton Vasconcelos Jr, Amilton Alexandre e Adolfo Luiz Dias — após os protestos contra o presidente João Baptista Figueiredo.
— Foi um acontecimento marcante, porque ser processada pela Lei de Segurança Nacional é algo para toda a
vida - relembra Lígia, que ficou detida por 15 dias.
Ela e os
demais estudantes foram inocentados depois em um julgamento ocorrido em fevereiro de 1980 perante um tribunal militar em Curitiba (PR). Sobre o protesto e a prisão Lígia desabafa:
— Fui libertada na véspera da minha formatura, e eu me lembro que, na entrega dos diplomas no Ginásio do Sesc, na Prainha, várias faixas lembravam o que havia acontecido e comemoravam a minha liberdade.
Parabéns aos jornalistas, fotógrafos e repórteres do Diário Catarinense pela bela reportagem sobre a Novembrada, eu como irmã de Ligia e cunhada de Marize posso dizer que são resgates assim da história de um povo é que fazem com que as conquistas perdurem e que a Democracia conquistada seja sempre lembrada como um grande bem.Confesso que fiquei muito emocionada ao ver a reportagem, a riqueza das montagens, fotografias, vídeos e entrevistas. Fiquei muito feliz também ao ler o comentário carinhoso do repórter Roberto Azevedo sobre nossa mãe "Mama" como todos começaram a chamá-la depois da Novembrada.Mulher de força e de coragem que nos nossos corações deixou enormes lembranças.Teresinha Kuehn
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