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novembrada  | 26/11/2009 16h50min

Nelson Wedekin: das prisões na década de 1970 à defesa dos estudantes

Ex-senador negociou com o governo a garantia da integridade física dos presos

Dorva Rezende  |  dorva.rezende@diario.com.br

O ex-senador Nelson Wedekin já havia sido preso três vezes na década de 1970 por sua atuação política e na defesa dos direitos humanos quando aconteceu a Novembrada em Florianópolis.

Na época, o advogado da Comissão de Paz e Justiça da Arquidiocese da Capital trabalhava como consultor jurídico no edifício da Aplub (Associação dos Profissionais Liberias Universitários do Brasil) na rua dos Ilhéus.



— Lembro que eu desci e fiquei nas escadarias da Catedral acompanhando o que se desenrolava na Praça e em frente ao Palácio Cruz e Sousa. Vi quando o Figueiredo fez o gesto (o presidente aproximou o polegar do indicador, o que foi interpretado como um gesto obsceno), não sei se realmente ele teve a intenção de ofender os manifestantes, mas quando ele desceu estava brabo e muito agitado, e logo começou a confusão - comenta.

Depois dos conflitos da manhã de 30 de novembro de 1979, Wedekin encontrou membros do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que participaram dos protestos.

A reunião aconteceu no antigo Bar Roma, que ficava na rua Fernando Machado, esquina com avenida Hercílio Luz. Na ocasião, Wedekin aconselhou os estudantes a saírem da cidade ou irem para as suas casas.

Quando as prisões começaram, o advogado buscou em Lages o casal Lígia Giovanella e Adolfo Dias, que estava escondido, e negociou com o governo do Estado a garantia da integridade física dos estudantes.

 
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