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Educação  | 29/06/2011 07h12min

Um projeto de educação e sustentabilidade

Escola de Administração da UFRGS lança novo olhar sobre a educação para sustentabilidade e quer aprimorar a discussão sobre o tema na sala de aula

Lívia Meimes  |  livia.meimes@zerohora.com.br

Uma nova abordagem promete romper as barreiras que ainda separam adolescentes das questões ambientais em sala de aula, com professores e alunos falando a mesma língua. É o projeto Educação para a Sustentabilidade, elaborado por alunos do Grupo de Pesquisa em Sustentabilidade e Inovação (GPS), da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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O principal diferencial do projeto é fazer com que os adolescentes sintam-se motivados a saber mais sobre os conceitos e as boas práticas ambientais, tornando-se ecocidadãos. O sucesso do projeto foi tamanho que acabou selecionado como um dos 20 finalistas da primeira fase da Gincana Impacto Zero, promovida pelo movimento SWU (Starts With You).

- Chegamos à conclusão de que precisávamos de algo novo, que identificasse onde os outros projetos falharam. Aí pensamos: estamos numa escola de administração, onde ensinamos como fazer uma boa gestão das organizações e buscamos formas de torná-las mais sustentáveis. Então, por que não aplicar isso na educação, um dos maiores desafios da nossa sociedade? - coloca o professor Luis Felipe Nascimento, um dos coordenadores do grupo.

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Em um estudo que iniciou em 2009, os pesquisadores do GPS - cerca 20 alunos de graduação e pós-graduação - identificaram que as escolas trabalham muito bem os conteúdos relacionados à sustentabilidade no Ensino Fundamental. Segundo Nascimento, vários foram os exemplos de crianças que, ao chegarem em casa, "educavam os pais", ou seja, passavam a cobrar deles as boas práticas que aprendiam na escola, como separação do lixo, mudanças de hábitos para economizar água e energia, e assim por diante. Mas o mesmo não ocorria com os alunos do Ensino Médio ou das faculdades.

De acordo com o professor, o grupo constatou que os adolescentes não se "ligam" nas questões ambientas da mesma forma - muito disso deve-se pela fase de rebeldia que vários deles passam. Outro fator agravante está na linguagem utilizada pelos professores, não adequada à realidade desse público. Nascimento ressalta que, quando o assunto "preservação do ambiente" é colocado em voga, não raramente são utilizadas expressões negativas, como: "não pode", "não devemos", "temos de reduzir", o que soa mal para os jovens , induzindo-os a associar sustentabilidade com proibições ou privações de liberdade.

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Mauro Vieira / Agência RBS

Equipe tem estudantes de graduação e pós-graduação
Foto:  Mauro Vieira  /  Agência RBS


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