| 26/01/2011 10h55min
Sair da rua para um ambiente climatizado não raro arranca suspiros de alívio das pessoas. E hoje em dia ter este conforto em casa está cada vez mais acessível: por cerca de R$ 1,5 mil é possível comprar o aparelho e pagar a instalação. O preço, é claro, depende da potência do equipamento, e se ele será do tipo quente-frio – que pode ser usado no inverno para aquecer, em vez de resfriar.
Mas como escolher com tantas ofertas e valores diferentes? O hagah traz mais detalhes sobre os modelos e suas vantagens.
Tipos de ar-condicionado
O ar-condicionado de janela, também chamado janeleiro, de parede ou ACJ, é instalado em buraco na parede - ou na própria janela. Tem, no mesmo equipamento, a condensadora, que esfria o ar, e a evaporadora, que o libera no ambiente. Apesar de mais compacto e de custo inicial mais baixo do que o do primo mais novo - o split -, o ACJ faz mais ruído, além de não ser tão eficiente para espaços maiores.
Modelo de janela da Consul, de 7,5 mil BTUs
Evolução do ar-condicionado de parede, o modelo split – palavra que, em inglês, significa “separado” -, tem esse nome porque é composto de dois equipamentos distintos: a condensadora e a evaporadora. A primeira, que é a mais barulhenta, é instalada do lado de fora do cômodo, e a segunda é o aparelho que despeja o ar gelado no ambiente. Além disso, é mais eficiente e consome cerca de 40% menos energia elétrica do que o tipo anterior.
Modelo split do tipo hi wall de 9 mil BTUs tem preço médio de R$ 998,96 no Balaroti.
Por causa das vantagens do split sobre o ACJ, hoje é mais difícil encontrar o aparelho de janela nas lojas especializadas, mas as de eletroeletrônicos e os supermercados ainda trabalham com o modelo. E se a opção do cliente é pelo ACJ porque não há espaço para instalar o split, a vendedora menciona o modelo window, também chamado window split. A denominação é autoexplicativa: ele usa a tecnologia do split, garantindo a mesma economia, mas é compacto como o de janela, podendo ser instalado no espaço que seria dele em construções mais antigas.
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Modelo window split tem condensadora do tamanho do de janela, e preço médio de R$ 1130 com 9 mil BTUs, na AJR.
Para ambientes grandes mas sem muita área externa para instalação, existem os multisplit, que conectam duas ou três evaporadoras à mesma condensadora. Mais caro que o split comum, ele mantém a economia de consumo quando comparado ao modelo ACJ, mas se três evaporadoras forem ligadas ao mesmo tempo, por exemplo, o consumo equivale ao de três condicionadores - a vantagem está, realmente, no espaço ocupado do lado de fora do prédio. O preço do modelo com duas evaporadoras de 12 mil BTUs fica na casa de R$ 5006,23 mil, também no Balaroti.
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Modelos de split
Para necessidades diferenciadas há variadas opções de split. O hi wall (ou high wall), é colocado próximo ao forro, a uma distância entre 15 e 30 centímetros.
Piso/teto tem serpentina mais longa do que o hi wall e custa cerca de R$1.227 mil com 9 mil BTUs e R42.572, com 24 mil, na AJL Ar Condicionado .
O piso/teto, como o nome indica, pode ser instalado no chão - atrás do sofá, por exemplo - ou na parede, quase no teto, o que inclui o canto do cômodo.
Modelo piso/teto de canto, da Komeco, para espaços pequenos
No Balaroti o preço varia de R$1720,95 a R$1883,23.
A diferença entre os dois modelos está no alcance: o piso/teto tem um metro a mais de serpentina, e consegue enviar o ar frio a um metro mais do que o hi wall. Por isso, aquele é indicado a ambientes compridos.
Modelo cassete tem quatro saídas, mas exige gesso rebaixado; custa cerca de R$ 4,3 mil com 18 mil BTUs e R$ 4,8 mil com 24 mil BTUs
Há, ainda, a opção do cassete, modelo instalado no teto, na região central do cômodo, e que tem quatro saídas de vento. Além disso, tem a vantagem de ter uma bomba antidreno, que impede pinga-pinga do aparelho que estiver com o filtro sujo. Apesar dos benefícios que oferece, o cassete só pode ser instalado onde houver 35 centímetros de rebaixo de gesso, alerta Melisa.
Modelo portátil não precisa de instalação mas faz mais braulho
O mercado também dispõe de modelos portáteis, que podem ser transferidos de um cômodo a outro e não requerem instalação, já que a troca de ar é feita por um tubo, conectado do aparelho à janela. Apesar da praticidade, o modelo é mais barulhento e ocupa espaço no ambiente, como se fosse um móvel, pondera Melisa. O consumo de energia é o mesmo que o das opções fixas, e as potências são 9 mil e 12 mil BTUs, com opção de quente/frio.
Dimensionamento
Os condicionadores de ar podem ter potências que variam de sete mil a 60 mil BTUs. Para escolher qual o modelo que melhor atende às necessidades do ambiente, deve-se levar em conta o número e o tamanho das janelas e portas nele, a posição do sol em relação ao espaço, a quantidade de pessoas que vai conviver ao mesmo tempo no local e a presença de eletrônicos.
Para combinar todos esses elementos e encontrar o ar-condicionado adequado, o ideal é conversar com um especialista, diz Melisa. Mas, se a ideia é avaliar quanto vai custar o sistema, ela sugere partir de 600 BTUs por metro quadrado, acrescentando também 600 BTUs por cada equipamento eletrônico - monitor do computador, televisão, rádio, DVD.
Posição
A visita do técnico é importante também, lembra Melisa, para escolher o local onde será instalado o aparelho. "Deve ser um lugar em que o vento não fique diretamente em cima da pessoa", explica. No dormitório, o ideal é que seja sobre a cabeceira, e não na lateral do cômodo. No estar, deve ser próximo ao sofá, mas nunca sobre a televisão ou sobre quadros - se o filtro não estiver limpo, o aparelho pode começar a pingar e danificar peças que estejam sob ele. Na sala de jantar, deve-se evitar a proximidade com a mesa.
Instalação
O ideal é que o morador não esteja no cômodo no momento da instalação, por causa do barulho e da poeira vindos da furação da parede. Também por causa do pó, o ideal é retirar o sofá ou a cama do local, e protegê-los com uma lona. "O uso da serra-copo para furar já evita o excesso de pó, e a equipe também leva o aspirador, mas ainda assim alguma poeira acaba sobrando", explica.
Melisa lembra que, para quem mora em prédio, é preciso também avisar o zelador ou síndico da instalação. Na data, se o local do ar-condicionado fica sobre uma área de circulação, é necessário isolar a mesma e explicar que, alguns andares acima, está havendo a furação.
Condensadoras são instaladas na parte externa do prédio
O valor da instalação depende da capacidade do aparelho. Isso porque a bitola do cano de cobre, que passa o gás do aparelho externo para o interno e vice-versa, varia de acordo com a quantidade de BTUs do equipamento. A distância entre a condensadora e a evaporadora, fora e dentro da casa, respectivamente, também afeta o valor, assim como o modelo escolhido - se hi wall, piso/teto, cassete. Além disso, em andares mais altos de prédios que não foram preparados para receber o ar split, pode ser necessário montar um andaime, com custo repassado ao cliente - mas a situação é rara, garante Melisa.
Na Bom Tempo, os preços de instalação partem de R$ 300 para os modelos de menor potência, como o hi wall de 12 mil BTUs, e de R$ 600 para os de maior capacidade, como o piso/teto de 60 mil BTUs.
Manutenção
A manutenção do ar-condicionado pode ser feita em casa, e deve ser periódica. Consiste em retirar o filtro de ar e lavá-lo em água corrente, sem adição de produtos de limpeza. Não é preciso esperar que seque para recolocá-lo no aparelho. O intervalo de um mês costuma ser suficiente, mas Melisa alerta que em locais com muita poluição, ou em lares com animais de estimação, pode ser preciso fazer a higienização com mais frequência. A recomendação também vale para o aparelho da cozinha, se a pessoa costuma fazer muita fritura.
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