| 18/11/2010 11h46min
Viajar é sempre bom, independente do lugar que você vá. São culturas e povos diferentes, que certamente vão dar um up na sua bagagem cultural. E quando a ideia é fazer um mochilão, aí as experiências aumentam. É você, a mochila nas costas e a vontade de adquirir experiências para a vida inteira.
O músico Luiz Carlos Ivanqui Filho, 24 anos, já fez um mochilão e aprovou a experiência. “Se deslocar com maior facilidade pela intenção de não se limitar a visitar e conhecer apenas uma cidade, um só lugar, mas muitos. Esse é o ponto comum entre os mochileiros”, ressalta.
Conversamos com o músico e ele nos deu algumas dicas para quem quer fazer um mochilão, as dificuldades que se enfrenta em relação à hospedagem, dinheiro e resumiu o que pra ele significa ser um mochileiro!
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hagah: Quando você fez seu primeiro mochilão?
Luiz: Fiz meu primeiro mochilão em janeiro de 2009, quando viajei por cerca de um mês e pude conhecer boa parte da Bolívia e um pouco do Peru, com rápida passagem pela Argentina na volta. A primeira experiência nos faz perder o medo e a insegurança de colocar o pé na estrada e mostra que viajar com uma mochila nas costas é bem mais simples do que parece.
hagah: De onde surgiu a ideia de se aventurar apenas com uma mochila nas costas?
Luiz: A ideia surgiu da vontade de conhecer, primeiramente, a América Latina. Os países latino-americanos têm histórias muito parecidas, e, embora diferentes povos com diferentes culturas componham o continente, acredito que nos identificamos uns com os outros e que somos parte de uma mesma unidade. Viajar "apenas com uma mochila nas costas" é a maneira mais acessível de entrar em contato, inevitavelmente, com essa diversidade cultural tão próxima e também de conhecer os lugares que queremos.
hagah: Quais os itens fundamentais que um mochileiro de primeira viagem não pode esquecer?
Luiz: É sempre bom conhecer antecipadamente um pouco sobre o país ou o lugar que se quer visitar. Estudar um pouco sobre os locais que podem ser interessantes, juntar informações para não se arrepender do que não fez depois de voltar pra casa. Um roteiro é bom para quem tem pouco tempo e não quer perder nenhum sem saber o que fazer. Porém, é interessante usá-lo apenas como base e estar aberto às possibilidades de uma mudança de planos ou de rumo. Levar um guia de viagem também pode ser muito útil, ou pelo menos um mapa para localização. Quanto à bagagem, tentar levar a menor quantidade de coisas possível: não levar roupas demais e tentar escolher somente o essencial. Costumo dizer que para uma viagem de um, dois ou seis meses deve-se levar a mesma bagagem que para uma viagem de duas semanas. Lembre-se que certamente a mochila vai voltar mais cheia do que quando saiu de casa.
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hagah: E em relação à hospedagem, como reservar um lugar e quais os cuidados básicos quando você for dividir o quarto com outras pessoas?
Luiz: Particularmente, nunca fiz reserva antecipada nos albergues e lugares onde fiquei pelo fato de nunca ter certeza de onde estaria e quando estaria. Nunca fiquei sem ter onde dormir, embora nem sempre fosse possível encontrar lugar naquele que seria a melhor opção. Mas, para quem é mais organizado, é certamente possível fazer reserva através de telefone ou por email e internet em alguns casos. Em alguns albergues, a opção mais barata de estadia é dormir em um quarto com várias outras pessoas, conhecidas ou não. Nesse caso, geralmente o estabelecimento dispõe de armários para que os hóspedes guardem suas coisas de valor, mas nem sempre disponibilizam cadeado. Por isso, é interessante ter o seu próprio para poder guardar os pertences com segurança durante uma saída ou até durante a noite.
hagah: Quais as maiores furadas que um mochileiro de viagem enfrenta?
Luiz: Sempre surgem imprevistos e dificuldades, dos mais variados tipos e tamanhos. A partir do momento em que se começa uma viagem, busca-se aquilo que se quer lidando com as adversidades. O importante é saber que elas provavelmente virão e saber lidar com elas. Viajar é, acima de tudo, um aprendizado intensificado e são as dificuldades que nos ensinam as maiores lições.
hagah: E em relação ao dinheiro, como se virar perante uma emergência?
Luiz: É sempre bom viajar com mais de uma alternativa quanto ao dinheiro. Há quem prefira viajar com todo o dinheiro da viagem colado ao corpo. Há outros que só levam o cartão do banco e sacam apenas quando necessário. Acredito que o melhor seja a combinação das duas coisas: um pouco de dinheiro sobrando para uma eventual emergência, mas também usando o cartão do banco para o saque, para não precisar andar de um lado para outro com as economias todas dentro da cueca. De uma maneira ou de outra, o dinheiro, é preciso tê-lo. Caso a emergência seja mais desesperadora, o jeito é arranjar alguma forma de remuneração em bares ou mesmo nos próprios albergues, por exemplo, ou então, para os mais afortunados, ligar para casa e pedir socorro.
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hagah: O que é, pra você, ser mochileiro?
Luiz: Viajar com uma mochila nas costas é apenas uma forma mais prática de levar a própria bagagem para se deslocar com maior facilidade. Se deslocar com maior facilidade pela intenção de não se limitar a visitar e conhecer apenas uma cidade, um só lugar, mas muitos. Esse é, acredito, o ponto comum entre os chamados mochileiros. Porém, cada viajante possui uma ideia ou ideologia do que é viajar, e isso se dá de acordo com as convicções de cada um, seja mochileiro ou não. Há quem viaje para fotografar, há quem viaje para conhecer pessoas, para entender culturas, conhecer lugares e etc. Comecei viajando porque queria conhecer lugares, ver coisas novas, mas agora acho que o mais importante é o que acontece entre o partir e o chegar, esse é o verdadeiro aprendizado!
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