| 11/11/2010 10h25min
A margarina e a manteiga fazem parte da cultura alimentar dos brasileiros. Seja no café-da-manhã (o famoso pão na chapa), em lanches ou na preparação de receitas doces e salgadas, esses dois tipos de gordura estão presentes no cardápio diário da maioria das pessoas. Porém, existem muitas dúvidas em torno do consumo desses alimentos.
Manteiga e margarina se revezam na preferência de médicos e nutricionistas. Resultado de um mecanismo natural de processamento do leite, a manteiga é rica em gordura saturada. Em outro extremo está a margarina — substância industrializada adquirida depois de uma intervenção química de adição de gordura hidrogenada (trans) para dar a consistência pastosa. Bem à saúde nenhuma delas faz. A discussão versa sobre qual é menos maléfica para o organismo.
Uma pesquisa sobre gorduras e arterosclerose do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, publicada nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, concluiu: margarina é menos prejudicial do que manteiga. “O malefício da gordura saturada (presente na manteiga) no organismo é muito maior do que o do consumo de um teor mínimo de gordura trans (presente na margarina)”, afirma o cardiologista Jorge Pinto Ribeiro, que participou do estudo.
Ainda assim, muitos especialistas preferem a manteiga, como a nutricionista Patrícia Chagas. Para ela, a gordura trans presente na margarina é altamente prejudicial mesmo em quantidades mínimas, mas recomenda atenção na quantidade. “Se um tablete de 200 gramas de manteiga durar pelo menos um mês para uma pessoa, e ela tiver bons hábitos alimentares, como consumir diariamente 400 gramas de frutas e verduras, não tem problema nenhum. O erro está no alto consumo da gordura saturada”, orienta.
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