| 20/08/2010 13h43min
Delete da memória o seu entendimento por estampas de tecidos. Ou, pelo menos, abra a possibilidade de pensar em qualquer imagem numa superfície de pano. O mercado quer a personalização ou a contemporânea customização. Com a bagagem de vivências e tendências internacionais, as ferramentas dos processos tecnológicos proporcionam uma estamparia têxtil com a cara do nosso tempo.
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O resultado tem qualidade de reprodução com fidelidade e precisão no tecido de imagens digitais em alta resolução, sem alterar o toque do pano e as características naturais da fibra. Mas, ao lado da tecnologia, há que perseguir a sustentabilidade.
A empresária e designer Mariana Pessini investiu na tecnologia de estamparia digital D.T.P. (direct to printer), em que o tecido é colocado na máquina e a imagem é impressa diretamente nele, sem expelir resíduos para o ambiente. O processo não exige lavagens químicas prévias para preparar o tecido e a tinta é à base de água, dispensando a utilização de solventes.
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Pessoal e intransferível
Marina revela um universo lúdico, com ilimitadas possibilidades de criação de imagens bidimensionais pela interação: basta lançar mão do desenho do filho ou inventar uma combinação de cores inusitada, diferente de um padrão preexistente, e pronto. Eis uma peça única. Pitadas de “tropicalização” e cultura local não dispensam ficar de olho nas referências internacionais:
– Marcas como a italiana Missoni Home ou a finlandesa Marimekko, consideradas ditadoras de tendências no mercado mundial de estamparia, vêm apostando intensamente em estampas carregadas de cores fortes, principalmente em padronagens que remetem ao pixel – uma das maiores simbologias do mundo contemporâneo digital, exaustivamente utilizado pelo designer espanhol Cristian Zuzunaga.
Comprovam as possibilidades de aplicação dos novos conceitos e tecnologias de criação de tecidos as arquitetas Bruna Caldas e Daniele Cardoso. A primeira, da Urbana Arquitetura, usou o composé original em dois casos. Contudo, mudou os tons. Já a profissional da DC Arquitetura preferiu propor um pano especial.
– Como o mobiliário e as paredes são brancas, os tecidos dão vida ao ambiente com harmonia – diz a arquiteta Bruna sobre o quarto de 11,70 metros quadrados. Foram usados na parede de cabeceira e na porta do armário panos com a mesma cartela de cores, mas de estampas distintas. Na sala de tons neutros, com 13,16 metros quadrados de área, os tecidos estampados revestem almofadas e pufes, facilmente substituídos em uma eventual futura atualização.
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Como nasce um tecido
Tudo começou com o interesse da proprietária da residência de usar a máquina de costura da avó no projeto do lavabo da área de lazer da moradia da família. A arquiteta Daniele Cardoso, do escritório DC Arquitetura, responsável pelo projeto de reforma desse setor do imóvel, sugeriu que a personalização subisse as paredes.
Daniele propôs que a dona da casa, a artista plástica Goretti Cirne, criasse um padrão para que fosse mandado confeccionar um tecido especial. Surgia o percal estampado das paredes do ambiente temático de 1,86 metros quadrados. Elementos do desenho foram aplicados por Goretti na cuba da pia 100% personalizada.
O lavabo temático tem o reforço do tecido especialmente confeccionado para confirmar o assunto proposto: a costura e seus equipamentos.
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