| 07/07/2010 10h18min
Dependendo de para onde o viajante está se deslocando, é preciso tomar alguns cuidados sobre os riscos de adoecer. Por isso, as informações e orientações necessárias para os viajantes devem fazer parte do planejamento de viagem. Algumas medidas devem ser previstas com antecedência como, por exemplo, a vacina contra febre amarela que é obrigatória para o ingresso em alguns países e deve ser tomada pelo menos dez dias antes da viagem.
A incidência da febre amarela em locais de prática de ecoturismo é uma das maiores preocupações das autoridades sanitárias nacionais, que tentam evitar que a doença volte a ocorrer em áreas urbanas. A febre amarela é uma doença grave, que pode levar à morte, mas a vacina é considerada altamente eficaz.
Áreas de risco de transmissão
De acordo com informações do Centro de Informação em Saúde para Viajantes (Cives), existem áreas de risco de transmissão de febre amarela em todas as regiões do Brasil e em diversos países do continente americano e da África. Segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS), os principais locais de risco são as regiões de matas e rios onde há a presença natural do vírus. No Brasil, essas áreas compreendem todos os estados das regiões Norte e Centro-Oeste, além do Maranhão e Minas Gerais, bem como as regiões sudoeste do Piauí, oeste da Bahia, oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina, noroeste do Rio Grande do Sul e noroeste de São Paulo.
Certificado Internacional de Vacinação
Uma das ações do Ministério da Saúde para controlar a doença no país é a exigência do Certificado Internacional de Vacinação (CIV) contra a febre amarela para todos os turistas vindos de Bolívia, Peru, Venezuela, Guiana Francesa e África.
Para obter o certificado é preciso, após ser vacinado, ir até um posto da Anvisa e apresentar o cartão de vacina e um documento de identidade com foto (para as crianças, basta a certidão de nascimento). Mas se você tiver algum problema de saúde e não possa tomar a vacina, é preciso solicitar um atestado médico e apresentá-lo em um dos postos para emissão do Certificado Internacional de Isenção de Vacinação. A vacina é contra-indicada para bebês com menos de 6 meses, gestantes e pessoas com alergia ao ovo ou com alguma alteração no sistema imunológico (causada por doença ou remédios, por exemplo).
Validade da vacina
O efeito de uma dose da vacina vale por dez anos, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A vacina pode ser aplicada a partir dos nove meses de idade. Quem já tomou a vacina há mais de dez anos precisa apenas de um reforço e a imunidade é imediata. A vacina é gratuita e está disponível exclusivamente na Rede Pública, incluindo postos de saúde municipais e estaduais da rede SUS, além dos postos e nas salas de vacinação da Anvisa, instalados em portos e aeroportos.
Veja lista dos países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação:
- Afeganistão; África do Sul; Albânia; Angola; Antígua e Barbados; Antilhas Holandesas; Arábia Saudita; Argélia; Anguilla; Áustrália
- Bahamas; Bangladesh; Barbados; Belize; Benin; Bolívia; Botsuana; Brasil; Brunei; Burkina Faso; Burundi; Butão
- Cabo Verde; Camarões; Camboja; Cazaquistão; Chade; China; Colômbia; Congo; Costa do Marfim
- Djibuti; Dominica Egito;
- El Salvador; Equador; Eritréia; Etiópia
- Fiji; Filipinas
- Gabão; Gâmbia; Gana; Granada; Guadalupe; Guatemala; Guiana; Guiana Francesa; Guine; Guine Bissau; Guine Equatorial
- Haiti; Honduras
- Iêmen; Ilhas Pitcairn; Ilhas Salomão; Ilhas Seicheles; Índia; Indonésia; Irã; Iraque
- Jamaica; Jordânia
- Kiribati
- Laos; Lesoto; Líbano; Libéria; Líbia
- Malásia; Malawi; Maldivas; Mali; Malta; Maurício; Mauritânia; Moçambique; Montserrat; Myanmar
- Namíbia; Nauru; Nepal; Nicarágua; Níger; Nigéria; Niue; Nova Caledônia
- Omã
- Palau; Panamá; Papua Nova Guiné; Paquistão
- Quênia
- República Centroafricana; República Democrática do Congo (Zaire); Reunião; Ruanda
- Samoa; Samoa Americana; Santa Cristóvão e Névis; Santa Helena; Santa Lucia; São Tomé e Príncipe; São Vicente e Granadinas; Senegal; Serra Leoa; Singapura; Síria; Sirilanka; Somália; Suazilândia; Sudão; Suriname
- Tailândia; Tanzânia; Togo; Tonga; Trindad e Tobago; Tunísia
- Uganda; Uruguai
- Venezuela; Vietnã
- Zimbábue
Fonte: Ministério da Saúde
Existem áreas de risco de transmissão de febre amarela em todas as regiões do Brasil e em diversos países do continente americano e da África
Foto:
Cleber Gomes
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