| 22/04/2010 10h51min
Você já pensou nos riscos que um quarto de motel pode representar para sua saúde? Quando a temperatura esquenta, pouca gente pensa nisso. Mas o risco de contrair, principalmente, uma doença sexualmente transmissível (DST) existe! Então, se os cuidados com a higiene não estiverem totalmente alinhados, as chances de contaminação são enormes. Lençóis e toalhas úmidas podem guardar uma grande quantidade de vírus, que podem gerar problemas sérios como o HPV, explica o médico ginecologista e professor da Universidade Federal do Paraná, Dr. Edson Tizzot.
Raio-x do quarto
A primeira atitude é prestar atenção nos detalhes do lugar que você frequenta. Fazem parte das medidas de segurança procurar estabelecimentos que apresentem boas condições higiênicas e isso já pode ser observado na aparência da fachada externa e no atendimento do estabelecimento que começa na recepção, mas outros sinais podem estar invisíveis aos olhos, por isso os cuidados devem ser redobrados. “Os motéis são ambientes de alta rotatividade, por isso é preciso analisar todos os objetos que entrem em contato com a mucosa e principalmente com os órgãos genitais. É importante verificar como está disposta a roupa de cama, ver se as toalhas não estão úmidas e analisar se o banheiro apresenta sinais de limpeza recente”, explica Tizzot.
Para quem não tem opção ou para aqueles que gostam de um programa diferente, é bom saber que os cuidados com o quarto do motel devem ser colocados em primeiro plano. As toalhas devem ser esterilizadas e todo o quarto deve ser desinfetado, como banheiras, sauna e cadeiras. “É bom evitar banhos de banheiras e piscinas, mas se não for possível, é preciso saber se a água da piscina é clorada e se passa por um processo de purificação e controle constante”, explica o ginecologista, lembrando que quando a água é muito clorada ela ainda pode irritar as mucosas, tanto genitais como as dos olhos e da boca.
Há quem prefira levar para o motel um pouco de álcool para desinfetar o local ou dar uma boa escaldada na banheira antes de utilizá-la, como forma de prevenção. Mas será que essas são as soluções mais indicadas? “O álcool em gel a 70% é ótimo para eliminar qualquer vestígio de germes e bactérias, mas é bom lembrar que somente álcool não adianta para eliminar vírus. Já a água quente na banheira não adianta nada. Locais úmidos são perfeitos para a proliferação de vírus e bactérias”, diz Tizzot, que orienta: “Além da higiene, ainda é bom lembrar que o melhor método de prevenção para qualquer tipo de doença sexualmente transmissível é a camisinha, que sempre está disponível nos quartos de motéis”.
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Os campeões de contaminação:
Banheira: marcas de ferrugem ou de manchas são sinais de má higiene. A melhor opção é não usar e desistir do estabelecimento.
Assento sanitário: existem motéis que apresentam um lacre de higienização; esses são os mais confiáveis. Mesmo assim, observe se houve a limpeza, caso contrário, avise a recepção e procure outro lugar.
Toalhas: as toalhas devem ser brancas e não podem apresentar nenhum indício de manchas. Prefira os estabelecimentos que usem o processo de esterilização e mande as toalhas ensacadas individualmente.
Roupas de cama: mesmo uma manchinha pequena indica que a limpeza não foi realizada da maneira correta. Se a sujeira ainda está lá, os vírus também podem estar.
Piscina: antes de mergulhar, preste atenção na cor e no cheiro da água. Qualquer fator incomum precisa ser levado em consideração.
Cadeiras: os bancos e cadeiras precisam estar limpos e secos, e mesmo se tudo estiver em ordem prefira colocar a toalha antes de sentar-se.
Lembre-se: O cliente que perceber algo errado deve informar imediatamente a recepção, além de se informar sobre todos os cuidados com a higiene do motel! Cuide da sua saúde! ;)
Existem motéis que apresentam um lacre de higienização. Esses são os mais confiáveis!
Foto:
Divulgação/hagah
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