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 | 19/04/2010 16h51min

Fauna e flora dos parques são atrações para visitantes e tema de guia de ecoturismo

A publicação também traz dicas sobre como evitar o impacto da poluição e a destruição das áreas verdes da cidade

Caminhando pelos 12 principais parques de Curitiba é possível encontrar 35 espécies locais de répteis, oito de anfíbios, 37 de mamíferos e 200 de aves. Essa rica diversidade está mapeada no Guia Fauna e Flora, que será lançado ainda no primeiro semestre pelo Instituto Municipal de Turismo.

O guia foi elaborado com a intenção de promover a educação ambiental e o ecoturismo de observação - atividade com origem nos safáris da África, e difundida em diversos países por profissionais, em competições, e por lazer. "Desenvolvemos ações seguindo tendências da área e pensando em um novo conceito para o turismo em Curitiba", diz a presidente do Instituto Municipal de Turismo, Juliana Vosnika. "Para aproveitar melhor a cidade e o que ela oferece, os turistas têm demandas segmentadas e surge a necessidade de criarmos materiais específicos, focando os interesses de cada grupo de visitantes, como este guia".

Além de orientar o turista, a publicação também poderá servir de roteiro para os moradores de Curitiba andarem pelos parques com um olhar mais atento. São 90 páginas com as principais espécies de 12 parques: Bosque Alemão, Museu de História Natural, Bosque do Papa, Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre), Jardim Botânico, Parque Barigüi, Parque das Pedreiras (Ópera de Arame e Pedreira Paulo Leminski), Zoológico, Parque São Lourenço, Parque Tanguá, Parque Tingüi e Passeio Público.

No guia, os observadores são divididos em três categorias, o contemplador, que tem pouco conhecimento, mas adora observar a paisagem; o curioso, que já observa as espécies da fauna e flora, mas não sabe detalhes; e o aventureiro, que já pratica a observação de espécies e tem um conhecimento mínimo sobre eles. A partir das categorias foram traçados três tipos de trilhas, com graus de dificuldade diferentes.

Roteiro segmentado - Por ter uma porção generosa e preservada de floresta de araucárias, o parque Barigüi é o mais rico da cidade. Nele vivem 70 espécies de aves predominantes na fauna brasileira - as estrangeiras não foram citadas no guia. Uma delas é o cisqueiro (clibanornis dendrocolaptoides), pássaro ameaçado de extinção. De acordo com Alberto Urben, dono da agência de viagens Ornatur, que oferece roteiro de observação de pássaros em Curitiba, turistas estrangeiros vêm A Curitiba especialmente para observar a ave. "A diversidade em Curitiba realmente é significativa, temos mais de 400 espécies de aves, por isso montamos um roteiro especial", conta Alberto. "O turismo de observação ainda é tímido no Brasil, mas é uma tendência internacional e, em breve, deverá ganhar força por aqui. Nos Estados Unidos, por exemplo, a prática da observação de aves já é difundida entre três de cada cinco americanos".

Trabalho para o Guia Fauna e Flora
Todas as espécies listadas e citadas no Guia Fauna e Flora foram previamente selecionadas, identificadas e fotografadas nos respectivos parques para integrar o guia. O trabalho de campo teve a participação de três biólogos e levou seis meses para ser concluído. O guia foi desenvolvido por uma empresa de consultoria em turismo e meio ambiente. A publicação também traz dicas sobre como evitar o impacto da poluição e a destruição das áreas verdes da cidade - não jogar lixo no chão, não perturbar a fauna local; e não arrancar pedaços das plantas.

Vantagens do Ecoturismo de Observação
- Mínimo impacto ambiental
- Caráter educativo
- Não há limitação de faixa etária
- Proporciona renda para locais distantes ou de pouca atividade comercial - Incentiva a indústria hoteleira e turística
- Dá emprego a guias, ecólogos, educadores - Colabora com os princípios do desenvolvimento sustentável

Observação da Fauna e Flora
Algumas dicas para facilitar a observação:
- Usar roupas com cores discretas, de tons suaves, e evitar o uso de objetos metálicos reluzentes.
- Manter silêncio.
- Andar com suavidade, permanecendo mais tempo parado em pontos estratégicos que em movimento.
- O uso de binóculos maximiza a capacidade de identificação, já que algumas espécies se diferenciam por pequenos detalhes.
- O horário mais propício para a observação da fauna é o nascer do dia ou o final do dia, momentos em que a busca por alimento e o deslocamento são mais intensos.
- A vocalização é uma forma bem eficaz, principalmente na identificação de aves, mas depende de maior experiência por parte do observador.
- A identificação de espécies vegetais leva em consideração: estruturas de reprodução, formas e características das folhas e caules, porte da planta, etc.
- No caso de observadores, a identificação torna-se mais fácil na fase reprodutiva, ou seja, quando a planta está florescendo.
- O melhor método para identificação é através a comparação. Por isso é útil usar guias e a posterior comparação em diversos meios, como a internet e livros.

Divulgação, hagah  / clicRBS

Apesar de tímido, o turismo de observação é uma tendência internacional
Foto:  Divulgação, hagah  /  clicRBS


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