| 10/01/2012 17h09min
A queda acentuada de cabelo entre mulheres é muito mais comum do que se imagina. Ao contrário do que se pensa, a calvície não é um problema só dos homens. Pesquisas indicam que uma entre cada cinco mulheres pode apresentar um tipo ralo e fino de cabelo e rarefações em algumas áreas ao longo da vida. Chamada de alopecia androgenética, o problema tem causa ainda desconhecida, mas provavelmente é multifatorial, com evidentes componentes autoimunes e genéticos.
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Em geral, os cabelos vão diminuindo em força e em número, de maneira lenta e progressiva. Nesse tipo de calvície, não ocorrem áreas completamente calvas, nem as entradas tão características dos homens. Nas mulheres afetadas, os fios de cabelo da parte superior da cabeça ficam finos e rarefeitos e não crescem como antes. Isso acontece pela ação de hormônios masculinos nas raízes dos cabelos. No caso da mulher com tendência à calvície, as raízes dos cabelos são hipersensíveis a esses hormônios e ficam menores. Esse processo vai piorando com o tempo.
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Consequentemente, os fios de cabelo se tornam finos, rarefeitos e não crescem como antes. Essa situação progride lentamente ao longo dos anos. O problema pode começar a partir dos 20 anos, mas como a evolução é lenta, boa parte das pacientes nem se dá conta de quando seus cabelos começaram a fraquejar. O problema piora ainda mais depois da menopausa, quando diminuem os hormônios femininos.
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Se confirmada a suspeita de calvície feminina, é a vez do tratamento, que muitas vezes deve ser mantido por toda a vida, sendo possível prevenir, estacionar ou até reverter o processo.
O que pode ser feito
:: Fumo, uso excessivo do secador, escova e chapinha pode levar à queda acentuada dos fios. Não puxe exageradamente os cabelos ao se pentear. Coques e rabos muito apertados podem causar uma espécie de queda de cabelo denominada alopecia de tração.
:: Preocupe-se com a qualidade da alimentação e discuta com seu médico se no seu caso seria recomendável um suplemento vitamínico.
:: Pesquise distúrbios hormonais, infertilidade, hirsutismo, acne, obesidade, diabetes, a fim de diagnosticar eventuais doenças como a síndrome dos ovários policísticos e a chamada síndrome de SAHA (seborreia, alopecia, hirsutismo e acne, que aparecem combinadamente).
:: A associação da perda excessiva de cabelos de forma aguda (chamado de eflúvio felógeno) e condições como o pós-parto, regimes de emagrecimento, deficiência de ferro, zinco e proteínas devem ser considerados como um fator desencadeador e tratados com atenção.
:: Nada do que se faça no fio e que não interfira no couro cabeludo causará mudanças na raiz. Logo, cortar ou raspar pouco influenciam.
:: De 60% a 90% da composição capilar é aminoácido. Portanto, uma alimentação rica em proteínas pode melhorar a qualidade dos fios e deixá-los mais fortes.
:: É normal perder cem fios se eles tiverem sendo repostos. Porém, se a pessoas estiver perdendo nitidamente mais cabelo do que o usual (verifique escova, toalhas e travesseiros), procure ajuda.
ZERO HORA
A calvíce não é um problema que atinge apenas os homens, as mulheres também sofrem com a doença
Foto:
Glaicon Covre
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