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 | 07/12/2011 14h46min

As principais mentiras usadas para incrementar o currículo

Na tentativa de parecer indispensável, o candidato chega até mesmo a inventar informações para melhorar suas experiências anteriores

Após perder o emprego, ou em busca de uma vaga nova, alguns candidatos resolvem incrementar o currículo alterando algumas informações, ou seja, mentindo.  O tempo de permanência na empresa e o valor do último salário são alguns dos itens “falsificados”.

Embora pareça estupidez, grande parte das pessoas inventa fatos e cargos para tornar sua contratação indispensável e assume o risco de ser pego. O que realmente pode não acontecer.

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as maiores mentiras no currículo pense emprego

De acordo com o site canadense Workopolis, seriam informações que qualquer profissional de recursos humanos respeitável poderia checar (o que é indicado a ser feito), mas nem sempre isso acontece. O último salário, por exemplo, não é tão importante quanto a combinação entre o que o candidato pretende ganhar, o valor de mercado para a vaga e o quanto a empresa está disposta a pagar.

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Geralmente, são verificados os antecedentes como uma condição para a oferta, o que torna fácil descobrir se o candidato foi demitido e são confirmadas as datas de emprego. Caso algo não seja verdade, a atitude fica como informação adicional para o candidato. Além disso, algumas empresas não disponibilizam todos os dados necessários, o que pode dificultar a checagem e, por acaso, a mentira nunca será descoberta.

Ainda assim, quem mente corre o risco de ser pego a qualquer momento. A pessoa pode estar no emprego dos sonhos e ser seguida pelo chefe antigo (por quem foi demitido, quem sabe?) ou por um antigo colega que vai contar o segredo para todos. A questão é: vale a pena correr o risco?

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Foto: Divulgação

Um antigo artigo da revista americana Forbes afirma que cerca de 40% das pessoas mentem no currículo. Os exageros mais comuns estão em:

- grau de conhecimento (tem MBA em uma universidade que não existe);
- brincar com datas (trabalhou basicamente a vida toda, sem descanso);
- exagerar números (aumentou a receita da empresa em percentuais infinitos);
- aumentar o salário anterior (praticamente recebia o pagamento em diamantes);
- inflar títulos (era um super-mestre-assistente);
- mentir sobre habilidades técnicas (consegue programa sistemas enquanto dorme);
- garantir fluência em língua estrangeira (se comunica até em dialetos de tribos africanas);
- informar um endereço falso (mora na rua central, 123).

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No entanto, a equipe de RH está atenta a essas possibilidades. O candidato acaba sendo pego na hora da entrevista, quando for questionado sobre as habilidades e não souber sequer o nome daquele dialeto africano. E, caso o RH descubra, não vai contar para o candidato. Apenas não vai contratá-lo. O que significa que ele seguirá com o mesmo erro por muito tempo.

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Foto: Divulgação

Isso não significa que não seja possível tornar-se “o candidato maravilhoso” sem mentir. Se a intenção é deixar o currículo diferente, sem ter experiências suficientes para enriquecê-lo, então é melhor usar palavras para elevar as habilidades. Veja exemplos:

- organizar os cabides de roupas: redesenhar o posicionamento do estoque;
- convencer um cliente a comprar duas bolas de sorvete ao invés de uma: aumentar a receita em 100%;
- caixa de loja: supervisor de transações financeiras com o público;
- atendente de telefone: especialista em comunicações;
- direcionar o cliente ao banheiro: atender solicitações de cliente com o objetivo de melhorar saúde e segurança;
- mostrar ao novo colega como funciona a máquina do café: treinamento de pessoal em tecnologia;
- mandar emails: atualizar a comunicação e as ligações de relações públicas;
- pedir para o colega parar de contar piadas “sujas”: atuar como mediador nas queixas dos funcionários;
- “desatolar” o papel da impressora: especialista em tecnologia de impressão;
- planejar uma festa surpresa com karaokê para o chefe: produtor de mídia e entretenimento.

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O principal cuidado é de não exaltar algo que depois não poderá ser cumprido. Mas, o mais importante é, assim que possível, acumular as habilidades e realizações necessárias para a função. Assim, não será necessário incrementar a verdade e muito menos inventar alguma informação para a próxima atualização do currículo.

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