Ambiente | 07/02/2011 11h02min
Na sexta, dia 4, o Ibama embargou a exportação de cerca de 17 mil cabeças de gado para o Egito, sob suspeita dos animais terem sido criados em áreas ilegalmente desmatadas no Pará. O rebanho pertence a uma empresa agropecuária, que pretendia enviá-lo de navio ao Oriente Médio, pelo porto de Barcarena, a 70 Km de Belém. Segundo a Superintendência do Ibama no Pará, a empresa foi notificada em no dia 31 de janeiro a comprovar que o gado tinha origem em áreas regularizadas para a atividade pecuária, e não em fazendas embargadas pelo Ibama. Se não comprovar a legalidade da carga, os animais serão apreendidos e doados a entidades sociais.
Para comprovar a origem, a empresa precisaria ter apresentado a nota fiscal do produtor e a Guia de Trânsito Animal (GTA). Com estes documentos, o órgão ambiental verifica se as propriedades onde os animais foram criados estão regulares no C.A.R. (Cadastro Ambiental Rural) e fora da lista de áreas embargadas mantida pelo instituto.
A agropecuária embargada, no entanto, até o momento, apresentou apenas a documentação da área de confinamento do gado que seria exportado, localizada próxima ao porto de Barcarena. O local, onde eles apenas aguardam o momento do embarque, não comprova que o gado não é fruto de atividade beneficiada pelo desmatamento ilegal da floresta amazônica.
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