Visão estratégica e capacidade de investimento do franqueado: essas são algumas das características que se deve ter para quem quiser abrir uma franquia. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), a evolução do faturamento de franquias, de 2001 a 2010, foi grande. Em 2001, o valor era de R$ 25 bi; em 2010, ultrapassou os R$ 79 bi.

Mas quais os requisitos necessários para ser um franqueado? “A pessoa interessada em abrir um franquia deve, primeiro, saber em qual segmento quer atuar, como por exemplo cosméticos e perfumaria, educação, móveis, escola de idiomas ou alimentação”, conta Susan Trivellato, da Prosul Franquias Assessoria Empresarial.

Cada negócio tem uma característica diferente e aos poucos o franqueado vai conhecendo o mercado em que vai atuar e o público que ele vai atender. “Para abrir uma franquia depende de muita coisa. Não existe um mínino de habitantes que a cidade deve ter, digamos, porque cada cidade tem uma característica especial. Pode ser que a franquia X caiba muito bem numa cidade de 50 mil habitantes, por exemplo. Vai muito do segmento”, explica Susan. 

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Para abrir uma franquia, o franqueador faz simulações financeiras. Ele precisa levar em conta os gastos com aluguel, impostos e colocar no papel todos os gastos. “Antes de a pessoa fechar o negócio, ele faz simulações financeiras. Deve-se levar em conta o aluguel, a luz, o telefone, os impostos. A Associação Brasileira de Franchising disponibiliza um guia de franquia que vai indicar o valor do investimento, o prazo de retorno e os demais itens que envolvem o negócio”, acrescenta Susan. Existe, ainda, uma lei que regulamenta o sistema de franquia (lei número 8955, de 15 de dezembro de 1994).

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Em Curitiba, a Yoguland é um exemplo. A empresa, fundada em maio de 2009, investiu na rede de frozen yogurt com um prazo de contrato de quatro anos. O investimento inicial para um quiosque é de R$ 150 mil e R$ 270 para loja. O faturamento médio mensal é de R$ 80 mil.


Foto: Divulgação

Segundo João Paulo Dias Junior, diretor da rede de fransching da Yoguland, as chances de empresas que optam por franquias falirem é menor do que aqueles que começam um negócio sozinho. “As estatísticas comprovam que a mortalidade das empresas que optam por franquia é 4/5 menor do que para aqueles que se aventuram sozinhos”.

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As franqueadoras possuem uma estrutura de franchising para atender aos franqueados. Além disso, “é sempre bom procurar o SEBRAE, as associações comerciais, a ABF (Associação Brasileira de Franchising) e outros franqueados”, acrescenta João Paulo.

No ranking das franquias, o Boticário lidera, com 3270 unidades no país; em segundo vem a Colchões Ortobom, com 1747; em terceiro, Kumon, com 1565. As redes Subway e McDonald´s aparecem em 17º e 18º lugares, respectivamente. Os dados são da ABF.

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